Na sessão, foi apurada a taxa de câmbio de referência de 285,845 kwanzas/dólar, quando, na última sessão, na quinta-feira, a moeda norte-americana estava a ser comprada a 280,149 kwanzas/dólar e vendida a 280,802 kwanzas/dólar, refere um comunicado do BNA.
Desde 01 de janeiro, quando um dólar valia 165,92 kwanzas, a moeda angolana já se depreciou 41,95%.
No comunicado, o BNA indica que o montante hoje vendido a 17 bancos comerciais destina-se à cobertura de operações de natureza comercial e privada em posse da banca comercial e em conformidade com a regulamentação cambial vigente.
Segundo o BNA, a cotação do kwanza em relação ao euro não se alterou, mantendo-se nos 329,537 kwanzas/euro, definidos em 06 deste mês, o que equivale a uma perda de 43,74% face a janeiro deste ano.
No início do mês, o BNA informou que vai efetuar oito leilões de divisas em setembro, pretendendo colocar 700 milhões de dólares (598 milhões de euros), tendo-se já realizado três.
No documento, o banco central angolano revela que, a partir de agora, e com o objetivo de conferir maior previsibilidade ao mercado, passará a divulgar, no último dia útil de cada mês, de forma indicativa, o montante e calendário das suas intervenções no mercado cambial para o mês seguinte.
Nesse sentido, este mês irá proceder à venda do equivalente a 500 milhões de dólares aos bancos comerciais, incluindo 'plafonds' para cartas de crédito, por via de oito leilões.
O montante, moeda e finalidades serão anunciados aos bancos comerciais nas 24 horas que precedem a realização de cada leilão.
Com os três leilões já realizados, o próximo ocorrerá quarta-feira, seguindo-se sucessivamente novas operações nos dias 18, 20, 24 e 26.
"O Banco Nacional de Angola reitera a necessidade de as instituições financeiras verificarem rigorosamente a legitimidade e conformidade das operações cambiais que processam, considerando a legislação e regulamentação cambial e de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, de forma a proteger as reservas internacionais do país e as suas relações com o sistema financeiro internacional", lê-se no documento da instituição.