A reclamação foi terça-feira apresentada pela juíza conselheira daquele tribunal, Luzia Sebastião, durante a discussão na especialidade do Orçamento Geral do Estado 2016 revisto, com órgãos da administração de justiça.
"Considero que a juíza conselheira fez uma abordagem oportuna, corajosa, diria, chamando a atenção do que considera ser um desvio àquilo que a lei estabelece, quando refere que as verbas que são atribuídas para a gestão do Palácio da Justiça são insuficientes, irrisórias", disse ao Novo Jornal o porta-voz da UNITA Alcides Sakala.
Segundo Sakala, a questão arrasta-se há já bastante tempo, salientando que "o edifício é, de facto, emblemático".
"Deve merecer uma atenção muito particular, pois alberga o Tribunal Constitucional, o Tribunal Supremo, o Tribunal de Constas e a Procuradoria-Geral da República. Esta situação, que é deplorável, é a ponta do iceberg de vários outros problemas de gestão que afectam o nosso país", acrescentou.
Para o político, isso "reflecte a distribuição danosa de recursos no âmbito de sistemas políticos partidarizados, e há toda a necessidade de se mudar o modelo de gestão do país".
NJ