Em declarações à imprensa, no seminário sobre prevenção ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, promovido pelo BNA, Elavoko João disse que a aplicação destas medidas permite que Angola esteja inserida num sistema de financiamento implementado com as melhores práticas, e pelo facto de viver num sistema globalizado, porquanto o país não pode estar isolado.
De acordo o responsável, este seminário é oportuno, porque ajuda Angola a tornar-se, cada vez mais, numa praça que aplica as boas práticas internacionais contra o branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo, dá garantia aos bancos em relação aos esforços que estão a ser feito através do sector bancário.
No mundo, segundo o subdirector, os crimes de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo passam pelo sistema financeiro e para o caso particular de Angola, o BNA, como órgão regulador está a desenvolver acções de sensibilização, chama atenção sobre esta prática criminosa, daí a importância de aplicação das melhores práticas e a aplicação de sanções aos comportamentos desviantes.
“Fruto do esforço do Banco Central e dos próprios bancos comerciais, hoje o mundo reconheceu que Angola fez um grande trabalho e se encontra fora destas práticas criminosas, temos de consolidar está conquista e continuar a trabalhar, por isso é que o BNA continua com o trabalho de sensibilização e o acompanhamento permanente através de inspecções", disse.
Elavoko João entende que uma das formas para combater o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo é munir os funcionários das instituições bancárias com formação específica sobre como identificar e se processa estas práticas.
O BNA, enquanto órgão regulador, tem o papel de prevenir ocorrências destes crimes, razão pela qual tem exigido dos bancos comerciais a promoção de formação permanente acerca destas matérias a todos os níveis.
"Os planos do BNA têm surtido efeito, porque os bancos comerciais têm progredido na implementação dos requisitos de prevenção ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo", disse.
Alertou que se o sistema financeiro angolano for incapaz de implementar ou corrigir algumas deficiências que possa apresentar, haverá problemas a nível do relacionamento com os outros parceiros internacionais, porque o negócio bancário vive muito de reputação.
De acordo com o responsável, se o país não tiver regras sólidas a este nível acabará por ser prejudicado na sua relação financeira com o mundo e perderá a confiança do investidor, captação de investimento, por isso o BNA dá grande relevância a esta matéria como órgão regulador para não ser isolado.
“A Lei de Branqueamento de Capitais foi publicada em 2011, os avisos e regulamentos para dar corpo a está lei a partir de 2012, é natural que ainda não haja aplicação integral dessas matérias, por ser nova, "mas estamos próximos" reconheceu.
Este seminário insere-se num conjunto de acções que o BNA tem vindo a realizar, de modo a sensibilizar o mercado e os bancos comerciais acerca da importância da prevenção do crime de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo em Angola.
Participaram do seminário, os 27 bancos comerciais que operam no país, a Associação Angolana de Bancos (ABANC) e a Unidade de Informação Financeira (UIF).
ANGOP