“A amnistia concedida aos 17 ativistas que foram condenados por participarem numa reunião em Luanda, em junho de 2015, para conversar sobre política e a governação do país tem de incluir a anulação das condenações por completo. Eles não cometeram nenhum crime”, frisa a vice-diretora da Amnistia Internacional para a África Austral, Muleya Mwananyanda.
A perita avança ainda que “a condenação proferida contra Franciso Mapanda [conhecido igualmente como Dago Nível Intelecto], que acompanhava o julgamento, e foi condenado por desrespeito ao tribunal, também tem de ser anulada. Ele é um prisioneiro de consciência”.
Muleya Mwananyanda reitera que “estas condenações foram uma afronta à justiça, pois [os ativistas] foram presos apenas por exercerem os direitos de liberdade de expressão e de reunião”.
Os 17 ativistas angolanos foram condenados a 28 de março passado, tendo sido proferidas contra eles sentenças entre os dois e os oito anos e meio de prisão na sequência de um julgamento repleto de falhas e que não cumpriu os padrões internacionais de julgamento justo.