A informação foi transmitida pelo porta-voz do Caminho de Ferro de Luanda (CFL), Augusto Osório, o qual referiu que as obras em curso no perímetro visam garantir “máxima segurança” das pessoas que atravessam a linha férrea e também para os utilizadores dos comboios.
“Essas obras decorrem. De certeza que, em 2026, teremos esse comboio de volta ao aeroporto e acreditamos que seja no primeiro trimestre do próximo ano”, disse hoje o responsável à Lusa, adiantando que se espera maior fluidez dos comboios, findo o período das obras.
A circulação de comboios regulares de passageiros no troço entre a estação do Bungo (Luanda) e o Terminal Ferroviário do AIAAN, localizando no município de Catete, província do Icolo e Bengo, a 40 quilómetros do centro de Luanda, será retomada logo que estejam reunidas todas as condições de segurança necessárias, refere o CFL, em comunicado.
O serviço de passageiros foi suspenso no dia 16 de junho, e deveria ter sido retomado em setembro, de acordo com a informação divulgada na altura.
Segundo Augusto Osório, as obras, que se iniciaram já há algum tempo, compreendem a construção do muro de vedação de toda a extensão da linha férrea e a construção de passagens superiores de peões, visando travar casos de colhimento e mortes de pessoas que por ali circulam.
“Esse trabalho é para garantir máxima segurança das pessoas, porque temos uma história de pessoas que, infelizmente, vão atravessando a linha férrea em diversos pontos e isso tem originado muitos colhimentos, com feridos e mortes (…). O trabalho (…) começou já há algum tempo para garantir maior segurança na circulação dos comboios e dos peões”, justificou.
Por outro lado, disse, o trabalho em curso deve criar maior fluidez de comboios: “No fim dessas obras temos a certeza de que vamos ter menos obstáculos e podemos melhorar a fluidez do tráfego ferroviário, é o que se pretende”, concluiu.
A transportadora aérea angolana TAAG transferiu definitivamente, no domingo, todas as suas operações para o AIAAN, que começou já a receber os voos internacionais e regionais da companhia estatal angolana.
As operações da TAAG, a que se devem juntar outras companhias internacionais, devem refletir-se numa maior mobilidade de pessoas na rota Luanda- Icolo e Bengo e vice-versa e o transporte ferroviário constitui uma das alternativas nesse percurso.