Em declarações, HALO Trust refuta veementemente as alegações do artigo, que atacam injustamente a integridade e o legado da organização em Angola. "A HALO Trust tem mais de 35 anos de trabalho humanitário global - e três décadas em Angola - continuamos firmemente comprometidos com a transparência, o respeito pelas leis nacionais e, acima de tudo, com as vidas das comunidades ainda afectadas pelos vestígios de guerra".
A HALO Trust assegura que não tem ligações institucionais a escândalos sexuais e afirma que é auditada anualmente por entidades independentes e presta contas regularmente aos seus doadores e parceiros, incluindo governos e agências multilaterais. Além disso, a HALO não tem e nunca teve operações no Haiti.
Entretanto, confirma casos isolados como os crimes contra a fauna cometidos por cinco sapadores na província do Cubango que foram encaminhados às autoridades legais competentes. Durante esse período, a HALO também efetuou uma investigação interna e os responsáveis foram demitidos. A HALO não tolera a prática de atividades abusivas de qualquer tipo e leva a sério todas as denúncias.
"Em relação às acusações de má gestão financeira, reiteramos que todos os fundos recebidos são aplicados na desminagem e na educação para os riscos. Ao longo dos anos, devolveremos mais de mil campos minados à agricultura e às comunidades. Isto traduz-se em vidas salvas, crianças protegidas e oportunidades econômicas reais para o povo de Angola", le-se na nota.
Salienta que, milhares de angolanos continuam a viver com medo, limitados pelas minas terrestres, porque o desenvolvimento não consegue chegar a locais onde a terra continua a ser perigosa. "Acreditamos que uma Angola livre de minas é possível e urgente. Afirmamos também o nosso compromisso para com o povo de Angola e para com a nossa missão de salvar vidas. Continuaremos a trabalhar de forma aberta ao diálogo, à crítica construtiva e à colaboração com as autoridades, as comunidades e os parceiros locais", finalizou.