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Terça, 29 Abril 2025 12:49

Embaixadora Isabel Encoge envolve filho em esquema fraudulento e lesivo ao estado

Um dos esquemas foi o de emissão de facturas falsas de prestação de serviços de tradução e informática passadas em nome do filho de nome Sidney Rodrigues Silva com número de identificação fiscal registado em Portugal.

No período de 2023-2025, foi criado na missão diplomática um sistema de emissão e pagamento de facturas falsas que lesaram o Estado angolano em mais de 100 mil euros.

Sidney Rodrigues da Silva, filho da diplomata, recebeu, até Março de 2025, uma avença mensal de 4.300 euros, por alegados serviços de tradução e de informática à embaixada.

 Um dos esquemas foi o de emissão de facturas falsas de prestação de serviços de tradução e de informática passadas em nome do filho de nome Sidney Rodrigues Silva com número identificação fiscal registado em Portugal.

Um dos esquemas foi o de emissão de facturas falsas de prestação de serviços de tradução e informática passadas em nome do filho de nome Sidney Rodrigues Silva com número de identificação fiscal registado em Portugal. Desde Fevereiro de 2023 até Março de 2025, a embaixadora Isabel Gomes Godinho de Resende Econge, autorizou pagamentos mensais de quatro mil e trezentos euros em favor de seu familiar, lesando o Estado em milhares de Euros. O NJ soube também que a dívida da missão diplomática angolana com a Segurança Social da Holanda não é paga desde 2019 e atingiu já um valor superior a trezentos mil euros.

Isabel Econge assumiu o posto de Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária de Angola no Reino dos Países Baixos em Julho de 2019 e manteve-se no cargo até finais de Março de 2025, altura em que foi nomeada para exercer idênticas funções na República Federal da Alemanha. Em 2019, a diplomata angolana terá ficado um período de um ano alojada numa unidade hoteleira no centro de Haia (Holanda) e enquanto eram realizadas obras de restauro na sua residência oficial. “Não se percebe como uma embaixadora fica tanto tempo hospedada num hotel de luxo e quando até existiam boas condições de acolhimento na Residência Oficial! Imaginem os custos diários desta hospedagem e os funcionários da embaixada com dificuldades!”, denunciam funcionários locais. Em 2019, segundo as nossas fontes, foi o período em que esta embaixada recebeu um crédito adicional no valor de 1.200.000.00 (um milhão e duzentos mil euros) para

pagamento de dívidas, sendo que ainda recebeu mais uma quota financeira de 400.000.00 (quatrocentos mil euros) trimestrais para gestão corrente num total de 1.600.000.00 (um milhão e seiscentos mil euros) anuais.

“Foi um ano em que a embaixadora Isabel Econge teve sob sua gestão estes valores e nunca se fez prova da sua gestão. Há muitos indícios de gestão danosa e lesiva ao Estado”, acrescentam as nossas fontes. O período 2016-2020 foi aquele em que a missão diplomática angolana terá gasto mais de dois milhões de dólares em obras e mobiliário para a Residência Oficial e a Chancelaria, existindo também várias suspeitas de sobrefacturamento.

O esquema das facturas falsas para Sidney Rodrigues da Silva

O esquema começou a funcionar em Janeiro de 2023 e os dois pagamentos iniciais foram no valor de 2.240.00 euros (dois mil duzentos e quarenta euros), sendo que, nos três meses seguintes, o valor sobe para mais de quatro mil euros e até ficar estabelecido um valor mensal de 4.300.00 euros (quatro mil e trezentos euros) em favor do seu filho, o cidadão Sidney Rodrigues Silva. Este usa um Número de Identificação Fiscal (NIF) português e que é usado nas facturas emitidas (vide documentos em anexo). Não tem empresa registada, tanto em Portugal, como na Holanda. Segundo apurou o NJ, Sidney Rodrigues da Silva não está acreditado pelas autoridades competentes da Holanda, nunca trabalhou naquele país e todos os meses emite facturas como prestador de serviços de tradução e de informática para a missão diplomática de Angola na Holanda.

As transferências efectuadas por via instituição bancária ABN – AMRO – são feitas para outra instituição bancária domiciliada em Portugal, até mesmo o número de IBAN é português. Na realidade, a embaixadora Isabel Econge, num falso esquema de prestação de serviços para beneficiar o seu filho, concede-lhe uma espécie de avença mensal.

Com este esquema, até ao momento, a diplomata angolana terá lesado o Estado num valor de quase 110 mil euros. NJ

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