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Quarta, 13 Abril 2022 16:35

Activista pede desculpas por divulgar dado "sensível" no Tribunal de Luanda

O activista cívico, Pedrowski Teka, pediu desculpas públicas após ter tornado públicos os pronunciamentos de um, entre os mais de 20 cidadãos detidos na manifestação de sábado 09, cuja publicação terá interrompido a sessão por cerca de 30 minutos.

De acordo as informações deste activista, no acto das audições, quando o Tribunal Provincial de Luanda decidiu interrogar o décimo quarto arguido do caso dos 22 activistas detidos no sábado passado, um jovem indagado revelou que não era activista e tão pouco teve a intenção de participar na manifestação.

O mesmo jovem terá igualmente afirmado diante do tribunal que, por causa da fome, tem ido esperar funerais no Largo do Cemitério da Santana para subir em carros e, por conseguinte ir comer nas casas de óbito.

Essa revelação, segundo relatou Pedrowski, chocou todo mundo e provocou choros, pois muitos na audiência, desde a magistrada do Ministério Público chorar e esta entidade pediu para sair por alguns instantes, bem como a advogada de defesa e o juiz que confessou ter contido as lágrimas.

"O juiz orientou o jovem a contactar o escrivão no final da audiência. Acreditamos que irá conceder auxílio monetário ao mesmo. A maioria dos arguidos foi detida indiscriminadamente, sem pedagogia ou aviso para se retirarem no local. A Polícia Nacional queria simplesmente prender por prender", disse Pedrowski Teka, acrescentando que, infelizmente, pessoas inocentes estão a pagar com detenções, violência física e verbal, fome, etc, por caprichos e abuso de poder da Polícia Nacional.

Pouco depois dos factos terem criado tamanho impacto social, pela sua natureza sensível, Pedrowski Teka, sem explicar por que razão da atitude, fez circular uma nota a pedir desculpas públicas ao Tribunal Provincial de Luanda e ao juiz, Ministério Público, advogados de defesa e aos 22 activistas detidos no Sábado passado.

Este pedido de desculpa, segundo disse, deve-se ao facto dele ter feito uma publicação sobre um assunto que decorreu dentro do tribunal, causando situações não abonatórias aos envolvidos.

"A minha intenção era nobre, de demonstrar o quanto somos acima de humanos e sensíveis à dor alheia, não importando se somos os acusados, acusadores ou expectantes. Peço desculpa também pelo facto da publicação ter interrompido a sessão por cerca de 30 minutos", justificou.

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