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Quinta, 27 Janeiro 2022 16:51

Polícia angolana aborda ordem pública como “acção de guerra”, diz activista

Na sequência da morte pela polícia de um cidadão em Viana, Luanda, o maior partido da oposição angolana, a UNITA e a Associação Justiça, Paz e Democracia, AJPD, pediram a restruturação total das forças policias angolanas.

Tendo em conta que este não é o primeiro caso do género, a vice-presidente do grupo parlamentar da UNITA, Mihaela Webba, considera que a polícia deve ser submetida a uma reestruturação profunda.

"A utilização da força pela nossa polícia que pode provocar danos a vida humana deve ser como última possibilidade por isso achamos que a polícia tem de ser restruturada, no sentido de haver formações permanentes", disse

Para a também constitucionalista em todos os casos em que termina com a morte de cidadãos os seus familiares têm direito a processar o estado.

"A vida é um direito, liberdade e garantia e quando for violada o cidadão tem o direito de demandar o estado em tribunal e tem o direito a uma indemnização, está consagrado na constituição artigo 75", disse.

Serra Bango da Associação Justiça Paz e Democracia, AJPD, diz que o problema da actuação da polícia que culmina com assassinatos de cidadãos tem a ver com a natureza da própria polícia.

"Isto nada tem a ver com falhas na formação mas sim o tipo de polícia que o sistema criou”, disse.

"A nossa polícia é excessivamente militarizada e aborda a ordem pública como uma acção de guerra,”, acrescentou Bango que fez notar que “há policiais na rua com baionetas, explosivos”.

“A polícia tem de andar com isso? A nossa polícia tem predisposição para matar, não consegue dialogar é só ver onde vão buscar o modelo de formação? China, Rússia e Cuba, polícias violentas", acrescentou. VOA

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