O pediatra, considera o facto de haver militares a trabalhar nas unidades de saúde, uma situação ilegal por estar a decorrer uma negociação com o órgão de tutela, tendo revelado que a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta tem atropelado a lei.
Os médicos, assegura, em momento algum vão deixar de exercer as suas funções, por isso é que os serviços mínimos estão garantidos para a população, o que torna injustificável a presença de médicos militares nos hospitais públicos.
Para Adriano Manuel, a presença destes militares nos hospitais subentende um atropelo à lei, segundo a qual nenhuma instituição em greve pode substituir grevistas por outros profissionais, enquanto decorrem negociações.
"Nós temos uma cidadã, a Sílvia Lutucuta que nos parece gozar de todas as prerrogativas que nenhum angolano mais goza. É a cidadã que infelizmente está sempre atropelar a lei", denunciou o presidente sindical.
O pediatra Adriano Manuel, precisou, a título de exemplo que, Sílvia Lutucuta para além de agora estar a substituir os médicos, orientou ao Director do hospital pediátrico David Bernardino, a transferência para os Recursos Humanos do ministério da Saúde, extrapolando uma vez mais a lei sindical.
"Nós estamos a chamar atenção que se retirem nos hospitais em que os médicos militares estão. Nós estamos a pedir a sua retirada incondicional, sob pena de abandonarmos o bancos de urgência nesses hospitais onde os militares estão, até porque se o objectivo é assegurar o bancos de urgência então os militares poderão aguentar os bancos de urgência e nós vamos apenas trabalhar nas unidades de cuidados intensivos e de hemodiálise", disse.
Ao governo de Angola, o Sindicato Nacional dos Médicos exige a retirada dos médicos militares que se encontram a trabalhar nas unidades de saúde de todo o país.
Assim, Adriano Manuel, presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola, denunciou publicamente a requisição civil tida como ilegal, de médicos das FAA para entrarem no sector civil para exercerem medicina, enquanto outros profissionais de saúde civis estão em greve.