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Terça, 01 Junho 2021 20:45

Nuno Álvaro Dala e Fernando Vumby revelam como o MPLA e SINSE usam mulheres para "atingir" activistas

O activista cívico, Nuno Álvaro Dala, de comum acordo com dados postos a circular por Fernando Vumby, teceu várias considerações que chamam atenção à classe de activistas angolanos, no concerne às regras e medidas de segurança que estes devem sempre seguir, afirmando que já o fez em 2015 e, em ocasiões seguintes, mas que dada a dinâmica da necessidade, fê-lo novamente agora.

O texto em referência, foi elaborado por Fernando Vumby, um angolano residente na Alemanha, antigo agente dos serviços de inteligência e segurança de Angola, conforme o activista.

Minhas contribuições traduziram-se das devidas revisões linguística e metodológica (para facilitar a leitura), na actualização, bem como na ampliação de detalhes e acrescentamento de notas adicionais.

Todos os activistas (sim, activistas) devem ter cuidado no dia-a-dia, pois, é preciso compreender que o regime do MPLA tem usado os serviços de inteligência para monitorar e neutralizar activistas", apelou Nuno Álvaro.

O termo neutralizar aqui, alertou,  deve ser entendido na sua acepção ampla, e não apenas no sentido de matar.

"Tu, activista, não cometa o erro de dizer que nunca viste o que abaixo é abordado, pois, não se fazer notar ou agir de forma secreta é o modus operandi dos serviços secretos. É por isso mesmo que se chamam serviços secretos", avançou.

I - As Miúdas Dos Serviços Secretos Angolanos (SINSE) - Fernando Vumby

Essas são as consideradas anjos disfarçados, que chegam a ser mais perigosas do que qualquer bom agente do sexo masculino. Porque, quando está em causa obter informações, muitas vezes até pouco úteis, não hesitam em oferecer o seu sexo, curtindo uma noitada entre as quatro paredes com a vítima.

Importa lembrar que a maioria das vítimas do regime do MPLA que morreram em hospitais no estrangeiro, tiveram a sua situação de saúde piorada, sempre depois que receberam um ramo de flor [das mãos] de supostas cidadãs que se diziam residentes nesses países.

Elas são espiãs por natureza, tal como provam as mulheres da Mossad, serviços secretos de Israel, país que tem ajudado muito o regime do MPLA na formação de agentes secretos angolanos, especialmente do sexo feminino.

Além disso, é importante os activistas não ignorarem que as mulheres conseguem interpretar um papel melhor e superior aos homens quando se trata de suprimir o seu ego a fim de atingir uma meta estipulada.

Conheço algumas cheias de fintas. Para além de serem belas e charmosas, são das mais perigosas que existem no momento.

Elas também parecem ser superiores em termos de compreensão da leitura de uma determinada situação, como que bruxas que conseguem prever acontecimentos.

Elas são matreiras, e não é por acaso que o regime do MPLA tem ao seu serviço um número hoje tão grande de mulheres quase como de homens, segundo algumas revelações.

Elas escondem entre as unhas, a língua e a vagina aquilo que raramente o homem mais inteligente e forte consegue dar conta ou perceber. E, ao contrário do que se imagina, elas não precisam de força para lerem o potencial perigo de uma pessoa ou situação, e usam sempre a inteligência como chave para a sua sobrevivência.

Elas não brincavam e nem brincam em serviço na hora em que têm que pôr todos os planos traçados em acção se aproximando, cultivando diálogo e curtindo quando o momento aconselha um amor e sexo fingido com as possíveis vítimas oferecendo-lhes desta forma uma falsa confiança raramente não mortífera.

Pesquisas elaboradas por pessoas muito interessadas nesta matéria como eu [Fernando Vumby] dão conta de que todas as mulheres da secreta angolana que se envolveram sexualmente com um homem no cumprimento de uma missão em que não havia outra alternativa para melhor recolha de dados importantes do ponto de vista operativo, acabaram por eliminar as suas vítimas para não deixarem rastos e não darem com a língua nos dentes.

E, para que não pairem dúvidas, eis que falo de mulheres que conheci pessoalmente e com quem vivenciei, claro, não com todas, algumas situações e momentos no meu tempo de agente da Contra Inteligência Militar; mulheres que na hora de se controlar as movimentações de algum suspeito provaram que a única diferença entre elas e nós era apenas o sexo.

Essas mulheres de que falo, as do meu tempo, nem por isso eram tão sensuais, femininas e atraentes como as recrutadas hoje e outras que depois são infiltradas nos mais variados sectores da sociedade angolana, desde ministérios, embaixadas, JMPLA, OMA, Sonangol, partidos na oposição, grupos, movimentos e organizações da sociedade civil e não só, mascaradas sob vários disfarces.

Por exemplo, o regime infiltrou agentes no grupo de jovens que se reuniam na Vila Alice para a construção de um movimento amplo de luta não violenta que visava a queda do sistema corrupto mantido pelo MPLA, cujo núcleo se transformou nos célebres 15+2.

Embora com métodos pouco clássicos, as senhoras do meu tempo já eram infiltradas também, como hoje, no círculo intelectual, fazendo-se passar por estudantes universitárias junto dos professores, muitas vezes até mesmo só para recolher opiniões dos mesmos sobre matérias de ordem política que elas próprias levantavam e lançavam como isca.

Nos hotéis de grande afluxo de estrangeiros também era notada a sua presença, na maioria das vezes disfarçadas de empregadas de balcão, camareiras ou recepcionistas, tudo tão bem treinado e funcionando diariamente como se nada se escondesse por detrás daquelas mulheres.

II - REGRAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA QUE UM ACTIVISTA DEVE SEGUIR

Deixo aqui alguns conselhos, regras e medidas de segurança para os nossos jovens revolucionários, os quais são cada vez mais as principais vítimas das acções cruéis de um serviço secreto que mais se parece com um esquadrão de extermínio em termos de comportamento.

1 - Quando receberes alguém em tua casa que não te oferece confiança, tome cuidado com os materiais higiénicos como escovas de dentes, pastas de dente e líquido para desinfectar a boca, bem como medicamentos como xarope e outros que geralmente colocamos nos armários em quartos de banho etc.

2 - Na cozinha, mantenha o açúcar, o óleo, o leite, as bebidas como água, vinhos, sumos, etc. sempre sob o controlo e longe do alcance do suspeito, mesmo quando as garrafas estiverem ainda fechadas.

3 - Antes de entrar no carro - privado ou do serviço -, faça uma inspecção geral, porque pode estar armadilhado ou com algum equipamento de controlo à distancia.

4 - Instrua os filhos, demais familiares e amigos próximos para não entregarem objectos e volumes a estranhos mesmo quando esses se apresentam verbalmente em seu nome.

5 - Nas residências, em prédios, condomínio, apartamentos nunca confie excessivamente em porteiros ou porteiras. Nunca se sabe quando é que eles(as) estão ao serviço criminoso dos serviços secretos ou subornados em troca – muitas vezes – de um prato de funje ou uma cerveja.

6 - Nas lanchonetes, bares e restaurantes nunca fique posicionado de costas para a rua, procure ocupar uma mesa junto à parede dos fundos de modo a não ficar de costas para os estranhos.

7 - Não exceda no consumo de bebidas alcoólicas e procure não se tornar notado pelos demais. Por outro lado, evite se tornar frequentador assíduo e muito conhecido principalmente em locais de aperitivos e nas maratonas organizadas pelo regime do MPLA (de forma directa ou indirecta) ou não.

8 - Evite marcar encontros com miúdas ou jovens que conheceste no Facebook, Instragram, WhatsApp e outras redes sociais, porque podem constituir uma armadilha. Recorda-te sempre da canção do MCK que pergunta se a ela é mesmo fã ou espiã.

9 - Não caia na tentação de entrar em contacto com raparigas que expõem na sua história (story) do Facebook ou WhatsApp sua nudez, parcial ou total. Podem ser agentes secretas.

10 - Não aceites propostas de financiamento de projectos de activismo vindas de pessoas desconhecidas. Caso sejam conhecidas, pergunta-te por que há o interesse súbito em apoiar.

Cair nesta armadilha pode custar-te caro, pois, ao aceitar tais propostas, o activista pode estar a envolver-se num esquema de lavagem de dinheiro.

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