Print this page
Quarta, 12 Mai 2021 12:19

Ex-director da Record TV África em Angola indiciado de crimes de branqueamento de capitais e associação criminosa

O ex-director da Record TV Africa, Fernando Henrique Teixeira (na foto), pode vir a ser julgado nos próximos tempos por crimes de branqueamento de capitais e associação criminosa, no âmbito de um processo-crime, aberto pelo SIC, que envolve outros três membros da ala brasileira da IURD, incluindo o ex-representante máximo, Honorilton da Costa, todos indiciados nos mesmos crimes.

De nacionalidade brasileira, Fernando Henrique Teixeira dirigiu a estação televisiva durante 10 anos e foi recentemente substituído do cargo pelo jornalista angolano Simeão Mundula, que, desde 2018, assumia as funções de chefe de Redacção e apresentador do programa JR Africa, exibido pela Record TV África e pela Record News Internacional.

A substituição surgiu depois que o Governo angolano suspendeu as emissões da Record TV África, ligada à IURD, por alegado incumprimento dos requisitos legais para operar no país.

O analista social Rafael Morais admite que possa haver alguma relação entre o encerramento da estação televisiva brasileira e o processo-crime contra os principais responsáveis da IURD.

“A Record TV África está em Angola há muitos anos e ajudou muito o Governo angolano. Porquê, só agora, o seu encerramento?”, questiona Morais, no entanto.

A Record TV África notabilizou-se pelo seu alinhamento com a ala brasileira da IURD na cruzada contra o Estado angolano, a quem chegou a acusar de xenofobia, na sequência do encerramento, confisco e apreensão dos seus bens em Angola.

Uma nota do SIC enviada às redacções deu a conhecer que o processo-crime está em Tribunal desde o dia 5 deste mês para "ulteriores termos processuais” e reúne cinco volumes com 13 anexos.

Outros indiciados, igualmente com o estatuto de “réus não presos”, são o bispo António Pedro Correia da Silva e o pastor Valdir de Sousa dos Santos.

De acordo com o documento, a instrução preparatória dos autos decorreu dentro do prazo previsto por lei e, depois de concluída, o processo foi remetido ao Ministério Público junto do Serviço de Investigação Criminal.

A SIC refere que o processo resulta das denúncias subscritas por mais de 300 membros da IURD, incluindo bispos e pastores, recebidas a 3 de Dezembro de 2019, que deram origem à abertura de um processo-crime, tendo sido agora deduzida acusação contra os quatro arguidos.

Por agora não há qualquer reacção da defesa dos acusados. VOA

Rate this item
(0 votes)

Latest from Angola 24 Horas

Relacionados

Template Design © Joomla Templates | GavickPro. All rights reserved.