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Sexta, 25 Dezembro 2020 09:01

TAAG é acusada de sacrificar tripulantes por alegada falta de dinheiro

A direcção da TAAG está a ser acusada por tripulantes do vôo que partiu de Luanda com destino a Lisboa, Portugal, na noite de Terça-feira, de violar as normas da aviação obrigando-os a realizarem dois vôos nocturnos consecutivos

A direcção da TAAG está a ser acusada por tripulantes do vôo que partiu de Luanda com destino a Lisboa, Portugal, na noite de Terçafeira, de violar as normas da aviação, obrigando-os a realizarem dois vôos nocturnos consecutivos.

Oregresso da tripulação estava inicialmente programado para o dia 27 do corrente mês, porém, terá sido antecipado para ontem, menos de 24 horas depois, por, alegadamente, a empresa não ter condições financeiras para suportar os subsídios de viagem e o alojamento.

Segundo a fonte do OPAÍS, há um instrutivo do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAVIC) que estabelece que as tripulações não podem fazer dois vôos nocturnos consecutivos. Entretanto, essa escala de vôos elaborada pela Direcção de Operações viola tal norma por prever que a mesma deverá ocorrer das 02 às 06 horas da manhã.

“Não pode ser feito durante este espaço de tempo. Então a TAAG quer que esta tripulação que chegou na Quarta-feira de manhã (ontem) a Lisboa, vai descansar ao hotel e volte a sair à noite”, frisou.

No entender da nossa fonte, isto não deve acontecer à luz do estabelecido pelo instrutivo do INAVIC.

“É engraçado que nos manuais e na lei, que é o normativo 15 da TAAG, não vem essa especificidade de as tripulações regressarem ao país à noite, fazendo dois vôos nocturnos consecutivos”, frisou.

Por outro lado, considera caricata a justificação que alega ter sido apresentada pela Direcção de Operações da companhia, segundo a qual esta medida visa garantir a poupança de custos operacionais.

Em encontrapartida, quem não voltar deverá arcar com as suas próprias despesas de permanência em Lisboa, pelo que, deverá sair do cuja diária é paga pela companhia.

Porém, com a prorrogativa de os tripulantes regressarem ao hotel no dia 27 para trazerem o avião a Luanda.

“Isto não é legal porque se eu estou ao serviço da companhia e tenho uma rotação para cumprir, não posso abandonar o hotel sem me ser paga a ajuda de custo. O problema é a forma leviana que a Administração e a Direcção de Operações com que estão a tratar essa questão”, frisou.

Sublinhou que em relação a essa exigência, o manual que rege o sector, elaborado pelo INAVIC, é omisso, ou seja, não tem nenhum artigo que obriga os tripulantes a fazer ou a não fazê-lo. Neste contexto, para si, prevalece a lei. “O Normativo 20.3.0.30 é lei. E diz que não se pode fazer vôos nos dois períodos nocturnos consecutivos”, enfatizou.

Classificou ainda de desumana a decisão da direcção da TAAG de ordenar que os funcionários que optarem por permanecer em Lisboa para cumprirem o repouso recomendado a quem faz vôos de longo curso.

“Nem sequer estão a ter em conta o problema da pandemia que existe, quando deviam ter em primeiro lugar a segurança dos tripulantes”, desabafou.

Na esperança de obter o contraditório, o jornal OPAÍS contactou o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da TAAG, Carlos Vicente, que prometeu pronunciar-se até ao fecho da presente edição, o que não aconteceu. OPAIS

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