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Quarta, 01 Julho 2020 10:32

MPLA é uma organização criminosa Ministério Público deve requerer sua extinção

O advogado do réu Valter Filipe, no caso “500 milhões”, Sérgio Raimundo, prestou estas declaraões aos jornalistas, nesta terça-feira, 30, à margem da sessão de alegações finais do referido julgamento no tribunal supremo, requerendo do Ministério Público, a extinção do partido no poder MPLA.

Em declarações, Sérgio Raimundo avançou ainda que, pela forma como se expõe publicamente que a transferência era ilícita, desconhecendo este a origem desta versão, que  insinua até que o Presidente José Eduardo dos Santos era o chefe da quadrilha, então, o advogado pede que o Ministério Público responsabilize o MPLA.

“ Se o Ministério Público é mesmo sério e tem coerência, então deve requerer a extinção do MPLA, porque está a considerar que o MPLA é uma organização criminosa, até porque José Eduardo [Dos Santos] é o presidente emérito do MPLA”disse.

O causídico, protestou também a petição para o Tribunal desvalorizar a carta que recebera de José Eduardo dos Santos, relativa à operação de transferência de 500 milhões de dólares para o exterior, com o alegado propósito de criação de um fundo de trinta mil milhões de euros para Estado angolano.

“Desvalorização para quê? Ele está vivo, está aí, se alguém tiver dúvidas, que pergunte se foi ele que escreveu”, frisou.

Sérgio Raimundo fundamentou que “isto só demonstra como é que as coisas funcionam em Angola, andam ao sabor do vento de cada dia.

Estas mesmas pessoas, se José Eduardo [dos Santos] fosse ainda Presidente, não estariam a falar as baboseiras que estamos a ouvir aqui. Mas como hoje já não é Presidente da República, as pessoas já têm coragem de falar assim.

E muitas delas até foram nomeadas por José Eduardo dos Santos, não o foram por mim”.

Por outro lado, refutou as acusações que pesam sob o seu constituinte, Valter Filipe, alegando que a sua conduta não preenche cumulativamente todos elementos objectivo e subjectivo dos crimes de que está a ser julgado.

“Nenhum dos mil dólares deste dinheirofoi encontrado nas contas dos arguidos, mas sim na mesma conta fiduciária para onde foram transferidos”, frisou.

De salientar que, na sessão desta terça-feira, o Ministério Público pediu a condenação de Valter Filipe e co-réu António Bule a penas não inferiores a dez anos de prisão, enquanto que para José Filomeno dos Santos “Zenu” e Jorge Gaudens a penas não inferiores a sete anos de prisão, solicitando também que o tribunal ordenasse uma quantia para indemnização.

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