“MPLA manda em Angola desde a independência, o homem continua no activo e como está no activo muitas coisas ainda irão acontecer, principalmente aquelas que ele tem na manga e que ele muito bem sabe fazer”, disse Bonga à VOA que gostaria de ver “os angolanos a beneficiarem-se da democracia”.
“O homem não saiu do baralho, ainda lá está e de que maneira”, conclui.
Do fim dos fuzilamentos à institição da cleptocracia", segundo José Eduardo Agualusa
Escritor reconhece que Santos assumiu o poder no período mais "intolerância" de Angola
O escritor José Eduardo Agualusa destaca o momento difícil da história angolana em que José Eduardo dos Santos assumiu o poder, mas também a sua responsabilidade na criação de uma cleptocracia.
Questionado pela VOA sobre o legado de Jose Eduardo dos Santos, o escritor reconhece que a parte mais positiva foi ter acabado com os fuzilamentos.
“José Eduardo dos Santos herdou o poder de Agostinho Neto no período de mais intolerância em Angola, tinha acontecido o 27 de Maio, foi um período terrível de fuzilamentos, (…) ele libertou os presos não ligados aos partidos armados, mas os presos mais à esquerda do MPLA e acabou com os fuzilamentos e com a pena de morte”, lembra o escritor que, do outro lado, responsabiliza Santos por escolhas terríveis e a instauração de “uma verdadeira cleptocracia”.
"Manteve a independência e a indivisibilidade do país", destaca `Zeca Moreno`
Dirigente do MPLA realça ainda o lançamento das bases do desenvolvimento
José Eduardo dos Santos tem o crédito de ter pacificado o país e lançar as bases para o desenvolvimento, disse à VOA José Manuel Fernandes ‘’Zeca Moreno’’, antigo primeiro secretário do MPLA na província de Benguela.
“Ele conseguiu preservar a independência de Angola, a indivisibilidade do país e, acima de tudo, o camarada Presidente, com o seu esforço, do MPLA, da massa militante e dos angolanos, conseguiu levar Angola a alcançar a paz”, afirma Zeca Moreno, destacando, em segundo lugar, o desenvolvimento do país. (Voa)