Não estejamos na paragem a espera dos que estão a perder as suas vidas por nós, vamos à luta. Para termos a Angola que queremos, vamos todos abandonar o MPLA e unirmo-nos à causa dos Quinze mais Dois. Bem sabemos que, em Angola, todos os que reclamam os seus direitos são considerados oposição, mas é melhor ser oposição e poder vir a ter uma vida com melhores condições, do que sofrermos sem fazer absolutamente nada.
Palavras proferidas por um cidadão no debate sobre “Liberdade de expressão e o sistema de justiça em Angola – o caso dos 15+2”, organizado a 07 de Julho, pela associação Angolana de promoção e defesa dos direitos humanos “Omunga”, em parceria com a Organização Humanitária internacional OHI. O debate foi presidido por três membros do grupo dos 17 activistas angolanos condenados no dia 28 de Março, acusados de crimes de “actos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores”, e 16 deles foram postos em liberdade condicional a 29 de junho. Foram os casos da activista Rosa Conde Zita, Hitler Jessia Chiconda "Samussuku" e José Gomes Hata.
Desde o inicio do famoso processo 15+2, as ondas de protesto contra o executivo Angolano têm ganho mais força, quer a nível nacional quer a nível internacional. Os cidadãos estão a encorajar-se cada vez mais e a unir forças para protestar contra a forma de governação levada a cabo pelo MPLA. Fruto disto, o partido está a perder a confiança de muitas entidades.
As questões que mais têm levantado a onda de protesto estão ligadas à transparência e boa governação, à luta contra a corrupção, por uma maior equidade, dignidade, igualdade, por um melhor sistema de educação e de saúde, contra as perseguições aos activistas, contra a intolerância política, e acima de tudo por melhores condições de vida para os Angolanos.
Por Manuel Afonso | Blasting News