Print this page
Quarta, 02 Março 2016 20:37

UNITA insta Governo angolano a corrigir problemas no combate à epidemia de febre-amarela

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) instou hoje o Governo angolano a trabalhar intensamente com parceiros nacionais e internacionais para corrigir o que diz serem as graves distorções no combate à epidemia de febre-amarela.

Em nota de imprensa, a que a agência Lusa teve hoje acesso, o maior partido da oposição angolana apelou ainda às autoridades governamentais a adotar urgentemente ações que resguardem o setor da saúde da crise económica que Angola enfrenta atualmente, decorrente da baixa do preço do barril do petróleo.

O partido opositor pede que sejam alocados atempadamente os recursos financeiros e outros, necessários para a prossecução dos diversos programas em curso e a serem delineados em virtude da presente situação crítica.

Numa análise ao estado da saúde em Angola, a UNITA deplorou o que considerou a "catastrófica degradação da situação sanitária a que se assiste no país".

Para a UNITA, o surto de febre-amarela é o "corolário da falência do sistema sanitário do país em relação ao qual o executivo tem respondido com tibieza, com medidas pouco articuladas e com falhas gritantes no que diz respeito à comunicação, aspeto fundamental para assegurar a adesão das populações e o êxito das ações a empreender".

De acordo com a análise daquela força política, a campanha de vacinação, particularmente, tem sido pautada por uma estrondosa desorganização, que leva a que nos postos de vacinação ocorram filas enormes onde as pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, passam horas a fio, muitas vezes sob sol intenso ou mesmo chuva.

"As falhas de comunicação já aludidas têm impedido que sejam suficientemente divulgados os locais de vacinação e os alvos a vacinar", refere o documento, acrescentando que consequentemente muitas pessoas têm percorrido distâncias enormes em busca de postos de vacinação.

A UNITA considera que as medidas de controlo do surto de febre-amarela, que totaliza já 693 e 119 óbitos, desde o início da epidemia, em dezembro de 2015, não se devem circunscrever à campanha de vacinação, mas também a outras medidas como a melhoria do sistema de informação, que permita uma notificação célere dos casos e, mais importante, um conjunto de ações individuais e coletivas, tendentes a combater o vetor da doença

"Quaisquer destas ações precisam estar acopladas a uma campanha dirigida, intensificada de informação, comunicação e educação para a saúde, a fim de promover a participação consciente das populações e das comunidades", exemplificou a UNITA.

lusa

 

Rate this item
(0 votes)

Latest from Angola 24 Horas

Template Design © Joomla Templates | GavickPro. All rights reserved.