O chefe de Estado namibiano, que foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, realiza hoje uma visita de 24 horas à capital angolana, com vista ao reforço da cooperação bilateral. Hage Geingob, que assumiu funções a 21 de março passado, escolheu Angola para a sua primeira deslocação ao exterior.
Segundo o Presidente, Angola foi a principal plataforma da luta de libertação da Namíbia, daí a visita a Luanda, para mostrar o seu apreço e agradecimento.
"E como sabem, o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, recentemente foi testemunhar a investidura, que coincidiu com as comemorações do 25.º aniversário da independência da Namíbia (...) por isso Angola tinha sem dúvida que ser o primeiro país a ser visitado, na base das excelentes relações", frisou Hage Geingob.
O Presidente namibiano manifestou igualmente o seu empenho para o estreitamento das relações bilaterais entre Angola e a Namíbia.
"Também vamos testemunhar que Angola está numa velocidade de desenvolvimento, as coisas estão a mudar em Angola, a Namíbia também tem que acompanhar este estádio de desenvolvimento", acrescentou o chefe de Estado da Namíbia.
"Junto lutámos na nossa luta de libertação, também devemos estar a lutar em conjunto nesta luta para a emancipação económica", asseverou Hage Geingob.
Em Luanda, o Presidente da Namíbia vai manter um encontro com o seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos, com quem deverá analisar o estado das relações bilaterais e abordar questões de interesse regional e internacional.
A última reunião da Comissão Mista Angola e Namíbia teve lugar em 2013, tendo sido abordadas todas as questões de interesse bilateral e os projetos em curso, que vão contribuir para o reforço das relações bilaterais.
Em curso estão os trabalhos para a assinatura, em breve, do acordo transfronteiriço, bem como outros ligados ao setor da energia e para a construção de três pontes definitivas, para o impulso do comércio entre os dois países.
Angola e a Namíbia partilham ao sul do país lusófono uma fronteira terrestre de 1.376 quilómetros e desde 2007 a circulação de cidadãos dos dois países, nesta zona, é parcialmente livre.
LUSA