Segundo os acusadores, o presidente do PRS e os seus colaboradores adquiriram no mercado chinês propaganda eleitoral no valor de 500 mil dólares e Kwangana cobrou ao partido três milhões de dólares.
Na sequência desta polémica, uma fonte próxima à presidência do PRS confidenciou ao Novo Jornal que vão processar, nos próximos tempos, alguns membros da direcção do partido que lideram uma campanha de conspiração contra a organização e o seu presidente.
Durante a campanha eleitoral de 2008, o PRS não consumiu material de propaganda encomendada à revelia das estruturas do partido. Tudo foi adquirido em consenso, defendeu a fonte, salientando que existem determinados elementos descontentes que querem descredibilizar o partido.
Os que questionam a gestão da organização liderado por Kwangana alegam que a subfacturação deixou o PRS em situação de bancarrota e os seus militantes foram sacrificados. O PRS tem órgãos de direcção estatutários, o Presidente usurpou as competências e atribuições do Comité Nacional, do Conselho Político e do Secretariado Executivo Nacional, acusam.
Para os defensores do presidente, os elementos por detrás desta campanha são conhecidos e agem assim por não terem constado nos primeiros lugares da lista dos deputados durante as eleições de 2012. O partido tem muitos quadros e todos devem ser rodados diz a fonte, lamentando que essa atitude possa fragilizar a base eleitoral do PRS.
O PRS é uma formação política que já participou nos três pleitos eleitorais que aconteceram em Angola. Nas primeiras eleições de 1992 , o partido conseguiu seis deputados, em 2008 subiu para oito e nas últimas recuou para três. O Partido de Renovação Social (PRS) foi fundado a 18 de Novembro de 1990 em Luanda, por um grupo de patriotas de origem social humilde.
NJ