" (...) Não estamos aqui para competir [com outros Estados], acreditamos que os países africanos devem fazer as suas escolhas e trabalhar com governos e companhias para desenvolver as suas comunidades, e que contratem cidadãos locais para trabalharem nestas mesmas empresas, e que paguem a essas pessoas um salário alto, oferecendo assistência médica, e que invistam nas comunidades, portanto, é este tipo de parceria que, de facto, faz crescer a economia", referiu Amos Hochstein, tendo reiterado que, para Angola, o ideal é "trabalhar de uma forma transparente e aberta e não criar uma sucessão de dívidas avultadas que, mais tarde ou mais cedo, vão colocar em perigo as próximas gerações".
O coordenador presidencial especial para infra-estruturas globais e segurança energética dos Estados Unidos da América trouxe de Washington a garantia de que "o presidente Biden quer e tem o compromisso de relançar as relações de cooperação com Angola".
Depois do encontro que manteve com o Presidente angolano João Lourenço, no Palácio da Cidade Alta, o enviado especial de Joe Biden, que veio a Angola na sequência da Cimeira Estados Unidos da América-África, realizada em Dezembro do ano passado (ver links em baixo nesta página), reafirmou esse "compromisso" da Administração Biden para com o continente africano em geral, e Angola, em particular.
Amos Hochstein Informou que durante o encontro com o Presidente angolano teve a oportunidade de discutir questões ligadas ao investimento em curso das empresas norte-americanas em Angola e a nível da África Austral e Central.
"A colaboração entre os Estados Unidos e Angola é excelente e vai continuar. Essa é a parceria que o Presidente (Joe) Biden deseja, especificamente, nas áreas de segurança, economia e comércio, para o desenvolvimento de Angola e da região", sublinhou.
O alto funcionário americano realiza um périplo pelo continente para consolidar decisões da Cimeira EUA-ÁFRICA, realizada em Dezembro último na capital dos EUA, Washington.
Relações Angola e EUA
Angola e os Estados Unidos da América estabeleceram relações diplomáticas formais em 1993. O sector da energia está no centro das relações económicas entre ambos os países.
O Ex-ImBank americano dispõe de uma linha de crédito de apoio às exportações dos EUA para Angola.
A Câmara de Comércio Estados Unidos-Angola dedica-se à promoção do comércio e investimento entre os dois países.
Combate à corrupção
Os EUA apoiam Angola no combate à corrupção por meio de várias iniciativas, inclusive do programa do Departamento do Tesouro, lançado em Março de 2019, para aperfeiçoar a capacidade do país em implantar o regime de combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo (AML/CFT).
Cooperação económica
As companhias americanas possuem investimentos em Angola, especialmente no sector de energia, como a ExxonMobil, Halliburton, Baker Hughes, Caterpillar, Chevron, Cummins, TechnipFMC e Tidewater.
Em 2019, um consórcio liderado pela Chevron anunciou planos de investimentos de mais de dois mil milhões de dólares na exploração de novos campos marítimos de gás natural e o aumento da produção dos campos existentes.
O Ex–ImBank dos EUA assinou um Memorando de Entendimento com Angola, em Abril de 2019, com o objectivo de explorar garantias de até quatro mil milhões de dólares em apoio às exportações dos EUA para o país. C/NJ