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Segunda, 19 Dezembro 2022 14:57

Luís Nunes minimiza acusações de supostos esquemas de concessões de obras

O secretário provincial, Luís Nunes, foi, recentemente, acusado por empresários do MPLA por, alegadamente, não lhes dar oportunidades na execução de algumas obras do Plano de Infra- estruturas Integradas de Benguela. O visado rebate e diz que os empresários locais têm sido tidos e achados em algumas empreitadas.

O secretário do comité provincial, Luís Nunes, foi, recentemente, acusado por empresários do seu partido por, alegadamente, não lhes estar a dar oportunidades na execução de algumas obras do Plano de Infraestruturas Integradas de Benguela. O visado minimiza e diz que, apesar de as obras estarem a ser executadas pela empresa financiadora, a ASGC, os empresários locais têm sido tidos e achados em algumas empreitadas

Em torno do assunto, alguns empresários afectos ao comité provincial em Benguela aproveitaram, recentemente, a presença do coordenador do Grupo de Acompanhamento do Comité Central para a província, Jorge Dombolo, para manifestar insatisfação com o facto de muitos deles não estarem a ser tidos na execução de obras circunscritas no Plano Infra estruturado de Benguela e acusam o governador provincial, que também é o primeiro secretário, de não lhes estar a dar oportunidade, associado ao facto de "abocanhar" tudo para empresas em que o mesmo tem interesse.

Em sede da aludida reunião do comité provincial, caracterizada como 'tensa', a que Jorge Dombolo presidiu, na sede do partido, foi transmitida a ideia de que as empresas que executam obras são sempre as mesmas.

Sob anonimato, vários empresários lembram, em conversa com o jornal OPAÍS, da divisa partidária segundo a qual 'distribuir melhor' para sustenta- rem a tese de que precisam de mais oportunidades por parte do governo de Luís Nunes e dizem estar a ser difícil competir com quem é, simultaneamente, governador e empresário.

O primeiro secretário provincial de Benguela, Luís Nunes, que confirma as reclamações dos empresários invocando democracia interna no partido, minimiza o caso com o argumento de que algumas empresas locais têm sido subcontratadas em muitas empreitadas, para quem não se justificam as reclamações dos mesmos.

"No PIIM, as obras são todas delas", realça, acrescentando que, para o caso em particular dos 415 milhões de euros, há uma empresa estrangeira que obteve o crédito em nome do Estado a quem cabe execução.

"Ela é que financiou e é o dono da obra. Não podemos fugir a isto, mesmo assim pedimos que sub- contratem empresas da província, que tenham capacidade de o fazer", sustentou. Sobre este facto, empresários dizem que a empresa financiadora, a ASGC, é próxima a Luís Nunes, daí esta estar a usar as instalações e equipamentos da Omatapalo, empresa em que o governador de Benguela tem participações. Jorge Dombolo, a quem foi transmitida a insatisfação, disse, em declarações à imprensa, à entrada de uma reunião com membros do comité municipal de Benguela, que não interferiria no trabalho do governador de Benguela e que ele estaria apenas a cumprir o "que foi estabelecido" superiormente.

Para o coordenador do Grupo de Acompanha- mento do Bureau Político do Comité Central para Benguela, mais do que reclamações, o que importa mesmo são as obras a serem executadas tudo a pensar no bem-estar social da população.

"Temos de nos sentir orgulhos pelo trabalho que está a ser feito", apontou.

OPAÍS

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