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Quarta, 13 Julho 2022 21:09

Jornalista compara litígio de Higino Carneiro a das filhas de JES e pede a JLo realização de paz efectiva em Angola

O veterano jornalista angolano e docente Universitário, Luís Mendonça, em uma carta aberta esta quarta-feira, 13 de julho, sugeriu "humildemente", a João Lourenço, na qualidade de Presidente da República, que aproveite esta oportunidade que se oferece com o passamento físico do seu antecessor para realizar em Angola aquilo que todos sempre sonham: a paz efectiva.

Na publicada no seu oficial Facebook, a que Angola24horas teve acesso, o Luís Mendonça observa que o país vive em permanente tensão social e política, daí que, a morte do Presidente José Eduardo dos Santos permite, exige e impõe essa tomada de decisão e actuação consequente.

"Como angolano e africano, defendo que o corpo de JES repouse na sua terra: Angola. E que as cerimónias fúnebres sejam realizadas aqui na nossa terra. Acredito que a família toda de JES, assim como Vossa Excelência, também o desejam,. Mas estamos perante um imbróglio: as filhas mais velhas não querem que JES seja aqui sepultado agora", disse Mendonça.

Ora, acrescentou, do meu ponto de vista e do ponto de vista da construção da concórdia entre as pessoas desavindas, a solução seria entrar num acordo com a família de JES.

De acordo o jornalista, os filhos de José Eduardo dos Santos têm litígios com a Justiça angolana, cujo tipo de litígio é da mesma natureza que tem, por exemplo, o general Higino Carneiro, com o processo arquivado.

"Então, porque não chegar-se a um acordo que os juízes poderão criar na suas doutas cabeças, para, de uma assentada arquivar todos os processos do enriquecimento ilícito, em troca da devolução de bens (alguns dos quais já arrolados pela PGR), tal como se fez com algumas figuras de proa do peculato? Se se fez com alguns, não é possível estender o processo a todos?", questionou Mendonça.

Ainda em declarações, realçou que, se a Justiça angolana quiser mesmo aplicar a Lei, teria de abrir quase um milhão ou mais de processos, pois milhões de funcionários da Administração Pública de Angola andaram a comer do erário e ainda comem à socapa.

"A conversa é que a gente se entende. Meter na cadeia, neste caso concreto em que os próprios juízes e magistrados também se aboletaram do erário, só cria ódios e dores mortais, como a dor que levou JES à viagem final", declarou.

Assim, defendeu que esta concertação teria como mediadora a Igreja Católica, ficando tudo assinado no papel, dessa forma, fazer-se o funeral de JES aqui e agora em Angola, "e teríamos um novo processo de pacificação no país que faria de Vossa Excelência outro Arquiteto da Paz".

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