Higino Carneiro, ministro das Obras Públicas entre 2002 e 2010 e ex-governador das províncias de Luanda, Cuando Cubango e Cuanza Sul, membro do Bureau Político do MPLA e deputado desta força política, ia a julgamento acusado de crimes de peculato, nepotismo, trafico de influências, associação criminosa e branqueamento de capitais – tendo os atos sido cometidos, alegadamente, entre 2016 e 2017.
O porta voz do partido Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Ndonda Nzinga, diz que o livramento de Higino Carneiro é sinal que a justiça angolana sempre foi selectiva. Rui Malopa, secretário geral do Partido de Renovação Social, entende que a justiça angolana fez o seu papel, mas duvida da transparência dela por existir nebulosidade nos crimes que está sendo acusado.
Já o porta voz da Coligação Eleitoral CASA-CE, João Nazaré, sustenta que a sua organização política sempre defendeu que a justiça angolana está viciada pelas práticas que os juízes foram demostrando nos últimos anos. Por sua vez, o Jurista Manuel Cangundo encara com estranheza e não descarta interferência política na decisão tomada pelo tribunal.
Na semana passada o tribunal supremo fez “o despacho de despronúncia e arquivamento do processo movido contra Higino Carneiro”, o que iliba o antigo ministro da prática dos vários crimes de que era acusado. C/SoldarioNoticias