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Domingo, 12 Dezembro 2021 21:58

Grupo Parlamentar da UNITA condena assassínio de manifestante em marcha em Benguela

O Grupo Parlamentar da UNITA condenou hoje o “assassínio” de Eugénio Pessela, de 41 anos de idade, que, “segundo testemunhas, participava pacificamente” na manifestação organizada, no sábado, pelo Secretariado Provincial do partido em Benguela.

Num comunicado hoje divulgado, a UNITA fala de incidentes graves ocorridos em Benguela no dia 11 de dezembro de 2021, “envolvendo cidadãos angolanos que exerciam o direito de manifestação e efetivos da Polícia Nacional, que culminaram na morte de um manifestante e o ferimento de outros dois”.

O Secretário Provincial da UNITA em Benguela, Adriano Sapiñala, partilhou na sua página do Facebook que o militante, de 41 anos, foi atingido no peito com uma granada de gás lacrimogéneo, na marcha de saudação ao XIII Congresso Ordinário do “Galo Negro”, tendo sido assistido, mas não resistiu ao ferimento.

“O Grupo Parlamentar da UNITA considera inaceitável a morte de cidadãos no exercício dos seus direitos e liberdades constitucionalmente protegidos e insta às autoridades competentes no sentido de apurarem os factos e as circunstâncias do acidente, para a consequente responsabilização criminal e disciplinar dos autores, nos termos consagrados pelo artigo 75.° da Constituição da República de Angola”, apela o partido.

CASA-CE condenou "com veemência" morte de militante da UNITA 

O Colégio Presidencial do partido angolano CASA-CE condenou hoje “com veemência” a morte de um militante da UNITA, atingido por uma granada de gás lacrimogéneo da polícia, durante um protesto no sábado em Benguela.

Num comunicado hoje divulgado, o Colégio Presidencial da CASA-CE, a terceira força política de Angola, lamenta “sentidamente a morte violenta do cidadão”, e condena “com veemência o ato, perpetrado, alegadamente, por um agente da Polícia Nacional, em sede do exercício de um direito fundamental consagrado pela Constituição da República de Angola”.

Aquele organismo sublinha que, “durante a realização de uma marcha ou manifestação pacífica, nada justifica o uso desproporcional da força por parte dos agentes da Polícia Nacional, cuja presença deve servir tão somente para garantir a segurança do ato e proteger os participantes de eventuais riscos, e nunca pôr fim à vida de qualquer cidadão, mediante uso de meios de repressão policial”.

“Ainda no presente ano político de 2021, por iniciativa do Grupo Parlamentar da CASA-CE, os deputados a Assembleia Nacional apelaram aos poderes públicos, em nome do povo, no sentido de se trabalhar afincadamente em prol da viabilização do exercício de cidadania em Angola, enquanto Estado democrático e de direito, bem como desencorajar e condenar toda e qualquer medida repressiva contra cidadãos ou grupos de cidadãos que se manifestem pacificamente em território angolano”, recorda o partido no comunicado.

O Colégio Presidencial da CASA-CE insta as autoridades “a procederem a realização de um competente trabalho de investigação, visando a responsabilização civil e criminal do(s) agente(s) implicado(s)”.

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