Para Costa Júnior tudo não passa de “especulações cozinhadas nos laboratórios da segurança do Estado” e manifestou-se confiante em que o seu partido vencerá as próximas eleições.
O ex-militante Rui Galhardo disse esta semana que a PGR lhe havia garantido que o processo estava a avançar tendo já sido ouvidas testemunhas por si apresentadas, isto apesar de poucos dias antes a procuradoria ter dito à VOA não haver nenhum processo contra Adalberto Costa Júnior.
"Não tenho conhecimento de nada disso, eu oiço e acompanho estas especulações e não devemos nos basear em especulações e muito menos em programas gizados a partir dos escritórios da segurança de Estado do país", disse o candidato à presidência da UNITA.
A confirmar-se a existência de uma queixa crime, ela vem juntar-se a uma tentativa de impugnação do Congresso do partido a realizar-se na próxima semana em que Costa Júnior deverá ser reeleito presidente.
O congresso em que ele foi eleito pela primeira vez foi anulado pelo Tribunal Constitucional após uma queixa sobre irregularidades com a sua nacionalidade.
Falando à Voz da América, Adalberto Costa Júnior reafirmou a realização do congresso e disse que o seu grande objectivo é chegar ao palácio da cidade alta por via democrática.
"A estratégia é sem dúvidas chegar ao palácio presidencial, por via democrática", disse.
Adalberto Costa Júnior, que reuniu com o braço feminino do seu partido, explicou haver muitas razões que indicam a interferência do poder no processo judicial, mencionando o facto do Tribunal Constitucional, em apenas um mandato do Presidente João Lourenço, ter registado três juízes presidentes: Rui Ferreira, Manuel Aragão e a actual presidente, Laurinda Cardoso, que saiu do Bureau Político do MPLA.
"Só num mandato de João Lourenço, que nem terminou ainda, três juízes presidente já teve o TC, uma instituição que é o garante de estabilidade e vemos várias mexidas para ver quem serve melhor os interesses determinados", disse.
O diálogo vai sempre continuar a ser a melhor maneira, e Adalberto Costa Júnior diz que vai insistir ainda este ano numa aproximação ao chefe de Estado.
"Só este ano já pedimos por carta para dialogar com o Presidente da República, vamos tentar pela terceira, quarta vez, nós não temos problemas sobre isso", disse.
A parcialidade dos órgãos de comunicação social públicos continua a ser uma preocupação para o candidato à presidência da UNITA que anunciou medidas sérias nos próximos dias mas recusou-se a dar pormenores.
Costa Júnior reafirmou o seu compromisso para com a Frente Patriótica formada com o Bloco Democrático e o projecto Pra Já Servir Angola.
"Nós estamos a incorporar e vamos repor novamente a Frente Patriótica, para a alternância democrática", disse. VOA