Segundo informações recentemente divulgadas, também a Inspecção de Finanças, adstrita ao Ministério das Finanças, está atenta a sinais de sobre-facturação de empreitadas, fundamentalmente, devendo a recém-chegada IGAE, entrar em cena na luta contra a corrupção.
À chegada do seu sucessor, Luís Nunes, Rui Falcão deixou claro das dificuldades de recursos financeiros, na presença do ministro da Administração do Território e Reforma do Estado, Marcy Lopes, quando uma dívida pública contraída naquele governo gera em torno de suspeitas de fraude.
Refira-se que, Rui Falcão, ex-governador da província de Benguela, substituído por Luís Nunes, deixou o referido governo provincial com uma dívida na ordem dos 31 mil milhões de kwanzas, contraídas no exercício econômico de 2014 a 2017.
As declarações foram feitas pela vice-governadora para o sector político, social e econômico, Deolinda Valiangula, acrescentando que, desde 2017 até à data, o governo local não contraiu qualquer dívida, arrolando apenas a dívida pública, relativa aos exercícios de 2014 até 2017.
"Porém, por via de um decreto, eram orientados para a necessidade de arrolar, igualmente, as dívidas de períodos anteriores, desta feita, de 2005 a 2015, que está a ser paga tanto por ordem de saque quanto por títulos emitidos pelo tesouro", conforme suas alegações.
O recém exorado, Rui Falcão, segundo o analista político, Ilídio Manuel é considerado uma carta fora do baralho na mais recente "mexida" protagonizada pelo "exonerador implacável", pois não foi nomeado para nenhuma província governar.
Vale recordar que, a exoneração de Rui Falcão aconteceu pouco depois da visita do Presidente da República, João Lourenço, na Província de Benguela, em missão de trabalho.
Durante a sua estada, de algumas horas, o Presidente assistiu a reabertura do processo de produção da fábrica África Têxtil, após anos de paralisação e visitou também o hospital Municipal da Baia Farta, construído alegadamente com o apoio dos empresários locais.