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Quinta, 22 Outubro 2020 13:39

FNLA pode deixar de existir devido aos conflitos internos e não realização do V Congresso

O partido da oposição angolana, liderado pelo presidente Lucas Ngonda, Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA),  pode ser extinto pelo tribunal constitucional, devido aos contínuos conflitos envolvendo os membros de direcção do mesmo.

Segundo Ndonda Nzinga, membro do Bureau Político e do Comité Central da FNLA, alertou, ontem, para o risco de extinção do partido, por decisão do Tribunal Constitucional, caso não sejam solucionados os conflitos internos, nem realizado o V Congresso Ordinário.

As declarações foram feitas durante uma conferência de imprensa, de membros do Bureau Político e do Comité Central da FNLA que se opunham à liderança de Lucas Ngonda e do Secretário-geral suspenso, Pedro Dala.

Ndonda Nzinga observou também que a Lei dos Partidos Políticos, determina a extinção, por decisão jurisdicional, da formação política que não apresentar, durante sete anos, as actas comprovativas das eleições periódicas dos órgãos de direcção.

De salientar que, o presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Lucas Ngonda, suspendeu, em Agosto último, o secretário-geral do partido, Pedro Mucumbi Dala, cuja medida deveu-se a uma alegada "traição" e por não "comungar os mesmos ideais políticos".

Conforme Lucas Ngonda, que falava à data dos factos, em conferência de imprensa para esclarecer as razões da suspensão, o secretário-geral ora substituído interinamente, por Aguiar António Laurindo, terá constituído um grupo no secretariado" para a sua destituição.

"O meu colaborador directo entrou em desacordo com o Pacto de Unificação da FNLA, quando ele foi o mandatado para negociar com a outra ala e assinou o referido pacto. Agora não está de acordo com o tratado neste processo, que culminará com a realização do II congresso extraordinário, em Setembro de 2020", acusou.

Entretanto, o secretário-geral suspenso e coordenador da Comissão de Unidade do Partido, Pedro Mucumbi Dala, afirmou, na mesma conferência de imprensa, que "Lucas Ngonda é o causador da separação da FNLA", revelando que o actual presidente pretende "perpetuar-se na presidência da organização, refugiando-se no acórdão do Tribunal Constitucional".

A FNLA, refere-se igualmente, vive uma crise de liderança desde a morte do seu fundador, Holden Roberto, falecido em Agosto de 2007, aos 84 anos.

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