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Quarta, 07 Outubro 2020 09:11

UNITA alerta para "perigo" que "plano horrendo" do MPLA representa para uma democracia

A UNITA, maior partido da oposição angolana, manifestou preocupação com atos de intolerância política, que ocorrem pelo país contra cidadãos críticos ao regime e ações "pouco éticas" contra o líder desta formação política.

Em comunicado de imprensa, a que a agência Lusa teve hoje acesso, o Comité Permanente da Comissão Política da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) refere que tomou conhecimento pela imprensa do plano do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, que visa "combater até à exaustão" o presidente do partido, Adalberto Costa Júnior.

Em causa está uma notícia divulgada pelo semanário Novo Jornal, que dá conta do referido plano, que admite a movimentação de arsenal partidário, que tem como principal alvo Adalberto Costa Júnior, com recurso à invasão da esfera privada do líder da UNITA.

A posição do partido que governa Angola consta, segundo o semanário angolano, de um estudo denominado "posicionamento Estratégico do MPLA para o reforço da sua afirmação no cenário político atual face aos adversários políticos na oposição", que coloca Adalberto Costa Júnior como novo líder da oposição aos camaradas, cuja pesquisa recomenda que seja "vigiado e combatido até à exaustão".

"Face à sua gravidade, o Comité Permanente da Comissão Política alerta a opinião pública nacional e internacional para o perigo que este horrendo plano do MPLA representa para a vital estabilidade política e social em Angola", refere-se no comunicado da UNITA.

Para a segunda maior força política de Angola, o plano revela "a impreparação do MPLA para uma competição política saudável, num ambiente democrático e o seu apego ao poder, por meios não previstos na Constituição da República, através da subversão das instituições do Estado, como é o caso da Comissão Nacional Eleitoral, dos tribunais e da corrupção política e eleitoral".

De acordo com a nota, o constante envolvimento dos Serviços de Inteligência e Segurança do Estado em ações de aliciamento e compra de consciências a favor do partido no poder, é outra flagrante violação dos direitos dos cidadãos, inadmissível, 28 anos depois da institucionalização do Estado democrático em Angola.

"O Comité Permanente conclui que os atos de intolerância política que ocorrem amiúde pelo país contra cidadãos críticos ao regime e agora reforçados com a intenção de desencadear ações pouco éticas contra o presidente Adalberto Costa Júnior, são também reveladores do caráter ditatorial e exclusivista do MPLA", refere-se no documento.

Tais atos, para o maior partido da oposição, indiciam também o desespero do MPLA face ao crescimento da consciência dos cidadãos agastados pela má governação do país desde 1975 pelo mesmo partido.

"O Comité Permanente exorta os militantes, simpatizantes, amigos e os cidadãos angolanos em geral, a manterem-se serenos, vigilantes e a não responder às provocações perante as manobras de quem sempre recorreu à violência para se perpetuar no poder", frisa-se na nota.

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