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Sábado, 12 Setembro 2020 18:58

Luisa Damião alerta para tentativa de desvalorização de Neto

Os feitos do primeiro presidente de Angola, Agostinho Neto, devem continuar patentes e desvalorizada qualquer campanha que visa denegrir a sua imagem.

Esta afirmação é da vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, que falava à margem da homenagem ao nacionalista Noé Saúde, tendo lembrado que nos últimos tempos tem sido feitas campanhas com objectivo de manchar os feitos do fundador da nação.

A responsável afirmou que o ex-genro do líder de libertação nacional, São Vicente, acusado de branqueamento de capitais pelo Governo Suíço, é um cidadão angolano e deve responder por seus próprios actos.

“Agostinho Neto é uma referência na história de Angola e todos os angolanos o respeitam. O facto de hoje sermos independentes devemos ao presidente Neto “ referiu

A vice-presidente do MPLA acrescentou que Agostinho Neto foi um homem com invulgares qualidades humanas, cujo legado continua patente, citando como exemplo a célebre frase “O mais importante é resolver os problemas do povo”.

Luísa Damião informou que existe um programa alargado que visa homenagear o fundador da nação, com realce para uma mesa redonda e um prémio literário.

Também se reconhece em Agostinho Neto, o empenho na luta para a erradicação do analfabetismo, ao lançar a campanha nacional de alfabetização, em 1979.

Por seu turno, o deputado do MPLA pelo círculo eleitoral de Malanje, João Diogo Gaspar, afirma ser injusta a inclusão da figura de Agostinho Neto em situações que visam manchar a sua boa imagem.

O responsável considera descontextualizada a postura de determinados políticos em fazer crer aos jovens que Agostinho Neto não deu o melhor de si para a coesão nacional.

Segundo o deputado, nos últimos dias, circulou em certa imprensa, que Agostinho Neto foi defensor da escravatura, com o propósito de desprestigiar a sua figura, pós, ao contrário disso, lutou contra esta corrente e contra todas as suas práticas.

Apontou Agostinho Neto como defensor da liberdade pela auto-determinação dos povos contra o jugo da opressão colonial em África, o que lhe valeu o título de fundador da Nação angolana, tendo sido também uma figura incontornável no continente africano e no mundo.

António Agostinho Neto faleceu a 10 de Setembro de 1979, em Moscovo, por doença.

Médico e estadista, proclamou a independência de Angola em 11 de Novembro de 1975, depois de longos anos de colonização portuguesa.

A sua obra poética pode ser encontrada em quatro livros principais: Quatro Poemas de Agostinho Neto (1957); Poemas (1961); Sagrada Esperança (de 1974) e Renúncia Impossível (1982).

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