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Quarta, 24 Junho 2020 17:29

Regresso de Fernando Heitor divide direcção da UNITA

Informações postas a circular nos corredores mais ‘estreitos’ da UNITA dão conta que o economista Fernando Heitor estaria de volta ao partido, o que está a criar uma celeuma entre dirigentes, que aguardam pela confirmação de tal movimento para tomarem uma decisão.

De acordo com as mesmas informações, Heitor, que com o advento das eleições de 2017 congelou a sua militância por não se rever na direcção de Isaías Samakuva, estaria a estabelecer contactos com à direcção de Adalberto Costa Júnior, no sentido de descongelar a sua filiação partidária e dar o seu contributo no partido onde militou mais 40 anos.

Uma fonte contactada pelo Na Mira do Crime revelou que, o eventual regresso de Fernando Heitor (FH) é bem visto por alguns militantes do maior partido da oposição, por se tratar de um “filho de casa”. “Ele nunca abandonou o partido, apenas congelou a sua militância por algum tempo, não havendo, por isso, nada que o impeça voltar”, sustentam.

No entanto, outros militantes, sobretudo os mais jovens e também conservadores, contra-atacam afirmando que a saída de FH bem de declarações ofensivas, provocaram sérios danos à imagem do partido.

“Deveria usar os mesmos meios para esclarecer as motivações do seu regresso à UNITA”, estimaram. Este segmento partidário defende ainda que na selecção de quadros para assunção de cargos nos mais variados escalões “é preciso ter sempre presente a questão de interrupção da militância, deixando de limitar-se apenas aos candidatos à liderança do partido”, ilustram, por suspeitarem que FH pode reintegrar-se na estrutura partidária, ocupando cargos de relevo, quando devia recomeçar na base.

“O verdadeiro militante do partido não foge, não trai”, enfatizam. Acreditam que, ainda que ele volte, não terá a consideração que tinha antes de irradiar-se para o Executivo de João Lourenço, onde prometeu dar tudo para o país, mas acabou tendo uma passagem efémera e exonerado do modo “humilhante”.

A rotura de FH com a UNITA começou quando Isaías Samakuva indicou Raul Danda para o cargo de Vice-Presidente do Partido.

Para Heitor, Danda não tinha nem trajectória, nem capacidade moral para ocupar tal cargo, por ter proferido palavras impuras contra Jonas Savimbi e contra o partido.

Uma das divisas de Adalberto Costa Júnior é trabalhar no sentido de o partido se reencontrar com os seus melhores quadros, incluindo os desavindos. Face à essa estratégia tem praticamente sobre sua autoridade todos generais reformados, depois de servirem as Forças Armadas Angolanas durante décadas.

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