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Terça, 15 Outubro 2019 17:24

João Lourenço anuncia que já criou cerca de um terço dos empregos que prometeu

O Presidente da República angolano, João Lourenço, anunciou hoje que já foram criados mais de 161 mil empregos desde o início do seu mandato, cerca de um terço dos 500 mil que prometeu na campanha eleitoral.

Os dados foram avançados pelo chefe do executivo angolano no seu discurso sobre o Estado da nação, que marcou hoje o início dos trabalhados da Assembleia Nacional, no mesmo dia em que um grupo de ativistas convocou um protesto para exigir ao Presidente o cumprimento das promessas eleitorais.

João Lourenço afirmou que "entre 2018 e o terceiro trimestre de 2019 foram criados 161.997 novos empregos, cerca de um terço dos 500 mil de um mandato de cinco anos", dos quais 80% no setor empresarial (público e privado) e os restantes no setor político administrativo (função pública).

O setor do comércio foi o que gerou mais emprego seguido da construção e obras publicas, transportes, agricultura e indústria, adiantou o governante.

O Presidente destacou que a luta pela redução da taxa de desemprego "deve ser permanente" e que esta ação deve estar a cargo do executivo e dos seus parceiros, ou seja, o setor empresarial privado.

Assinalou também que no âmbito do relançamento económico e com vista ao aumento do número de empregos, o executivo tem concentrado a sua ação na revitalização da base produtiva do país e "vai continuar a apoiar os empresários nacionais".

Outra medida que disse contribuir para a criação de emprego é o chamado Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), com uma consignação de dois mil milhões de dólares, que prevê construção de infraestruturas nos municípios.

O PIIM prevê 1.700 projetos em todo o país, incluindo 4.000 salas de aula, 275 unidades hospitalares, 100 infraestruturas administrativas e autárquicas, reabilitação de vias, construção de pontes e conclusão da primeira fase do `campus` universitário de Cabinda.

Foram ainda feitas novas contratações na função pública, sobretudo nos setores da saúde e da educação, tendo sido admitidos 31.875 trabalhadores.

Seca no Sul

João Lourenço, afirmou que "nunca ao longo dos anos" o executivo dedicou "tanta sensibilidade e atenção às vítimas da seca" ou outras calamidades naturais como durante o seu mandato.

As declarações do Presidente angolano, que discursava na Assembleia Nacional, suscitaram burburinho nas bancadas parlamentares, com os deputados da maioria (MPLA) a aplaudirem João Lourenço e a oposição a manifestar o seu desagrado de forma audível, ao que o chefe de Estado respondeu: "Vou apresentar os números".

O chefe do executivo angolano salientou que foi dispensada "uma atenção especial ao fenómeno da seca no sul de Angola", nas províncias do Cunene, Huíla, Namibe e Cuando Cubango, onde se estima que 1.340.781 habitantes estejam a ser afetados pela falta de água.

O Presidente da República salientou que este é um fenómeno cíclico que acontece "praticamente todos os anos", entre maio e outubro, e acrescentou que visitou em maio as populações afetadas "para se inteirar pessoalmente do sofrimento", tendo aprovado na altura um programa de assistência de emergência no valor de cerca de 20 mil milhões de kwanzas (cerca de 44 milhões de euros).

Lembrando que, desde 2014, "o executivo não construía nem reabilitava os pequenos sistemas de captação de água na província do Cunene", João Lourenço adiantou que foram reabilitados 114 pontos de água nesta província, além de 54 novos pontos de água na província da Huila e 43 no Namibe, nos últimos quatro meses.

Adiantou ainda que foram identificados um conjunto de projetos estruturantes para responderem mais eficazmente aos efeitos da seca no Cunene, estando prevista a construção de seis grandes barragens em quatro anos.

João Lourenço realçou ainda "a solidariedade dos empresários, das igrejas, das organizações não-governamentais nacionais e estrangeiras, das Forças Armadas Angolanas, da Polícia Nacional e outros que se juntaram à campanha de solidariedade" para "minimizar o sofrimento das populações vítimas da seca".

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