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Terça, 07 Abril 2020 13:53

Covid-19: reconciliação do MPLA é um imperativo inegável

Como antes ressaltamos, a proposta fundamental da reconciliação interna do MPLA, visa não apenas acertar as bases políticas do Partido, mas também, dar maior relevo à acção política do MPLA no seio da camaradagem partidária.

Bem como, inserir no rumo certo, os elementos integrantes do corpo do pensamento político do Partido, permitindo que estes sejam devidamente ressaltados no interesse do progresso do Partido, e, de seu efeito para com o povo angolano, como contribuição insubstituível da verdade material sobre a popularidade do MPLA que muitos provaram que se está a perder de forma paulatina.

Não há como ignorar o valor da reabilitação da figura de JES, como o caminho de se ter a verdade que, com essa figura, pode – se ressuscitar o seu mundo simpatizante, admirador e seguidor. Os conflitos hibernados no âmago do MPLA tornam – se num verdadeiro enxofre que poderá calar as vozes triunfantes da popularidade do Partido. Desde então, a unidade e coesão do Partido, são de necessidade inegável para o bem do próprio Partido.

Não se pode dar avante a guerra interna no seio do MPLA, sob óptica de se perder o próprio Partido ao longo da guerra, enterrando assim, o futuro do MPLA na terra do exílio e do silêncio.

E, se houver dúvidas sobre o impacto dos conflitos internos actuais sobre a coesão e popularidade do MPLA, no mundo contemporâneo, é porque, certamente, os duvidosos não realizaram provas para testar a popularidade do Partido actualmente, e, compará – la com 2016. Surpreender – se – ão caso o façam, verão um MPLA perdido no descrédito de multidões que o depreciam como se pouco ou nada fosse para o valor nacional. Desde logo, a “reconciliação do MPLA é um imperativo inegável”.

A filosofia segundo a qual a utilidade da guerra serve de combustível para a salvação do MPLA, é tóxica e errada, ninguém pode esperar salvar a sua família matando – a. Não é possível salvar alguém quando se pretende matar essa mesma pessoa. Essa filosofia só seria possível se depois de julgar e prender todos quanto fizeram corrupção, instituir figuras muito jovens e que nada sabem do passado da corrupção para que levantem um novo Partido.

Ora bem, não é possível tal filosofia, se as mesmas figuras são utilizadas para o bem do Partido, o que acontecerá seria o fim do Partido. Tantos casos citados em torno do Partido continuam no silêncio, o caso Edeltrudes é um d”aqueles que não se deve calar, com inúmeros crimes sobre si imputados, continua em pé, na casa Civil da Presidência da República, ao passo que, Isabel dos Santos tornou – se alvo de angústia judiciária, perseguição e humilhação. Onde andam os mais de 300 indivíduos que se enriqueceram utilizando para tal os cofres do Estado?

Até então, somente deuses sabem de tal verdade. Desde logo, caros maquizards, reconciliam o Partido, impondo uma amnistia global à todos os crimes económicos, dando lugar ao surgimento de um MPLA uno, forte e poderoso. Não brinqueis, o MPLA está sob risco de desaparecer caso persista na perseguição à figura de Isabel dos Santos, enquanto, se esquecem todas as verdades que tenham percorrido pelo País.

A filosofia da guerra no âmago do MPLA tem um efeito exactamente contrário, ao invés de provocar uma revolução do Partido tornando – o mais forte, está a torná – lo, cada dia que se passa mais fraco. Desde logo, é necessário cautelar o impacto dessa filosofia sobre o aprofundamento do descrédito do MPLA. Em quanto se acusa o passado de ser um passado imerso no oceano da corrupção, o presente aos poucos vai fazendo da corrupção na única lição para a governação quotidiana, no entanto, o combate a corrupção não pode servir de pretexto para falência do MPLA sob riscos de se perder tudo.

O actual executivo, deveria enterrar o passado com os próprios crimes, dar uma amnistia global a todos os crimes económicos e reiniciar uma nova República. Como ficará a perseguição unilateral à Isabel dos Santos enquanto se abandona super – bilionários que fizeram da Sonangol numa cantina assaltada por meliantes?

Será pois, Isabel a pagar as contas de todos quanto faliram o País? Ninguém vos engane, não há inocentes. Se se quer fazer justiça, que seja plena, incluindo – se as actuais figuras que hoje estão a fazer da corrupção a sua força motriz. Que ministro, que governador, que dirigente actual terá sido condenado por corrupção? A actual ministra das pescas que terá sido indicada em actos de corrupção pelo Governo da Namíbia, em nada se fala dela.

Recentemente, passou pela televisão uma ideologia aberrante, em que o Governo Provincial de Luanda apontava que a construção de uma ponte na Viana terá custado perto de 80 milhões de Kzs, porém, a empresa responsável pela construção da obra, contestava as afirmações do Governo Provincial dizendo que, terá recebido apenas 30 milhões de kzs para a construção da ponte na Viana. De que lado esteve a verdade?

A PGR sob silêncio estendeu cama para dormir,  e, em nada se recordou, mas do passado querem diabolizar e fazê – lo em ingredientes para comê – lo cru. Enquanto aresta - se os bens de Isabel dos Santos, os dirigentes actuais continuam a fazer corrupção no actual regime.

Desde logo, há que reconciliar o MPLA, acabar com as guerras internas no âmago do Partido. Se for justiça, que faça – se até justiça dos actos actuais de corrupção. De recordar que em quase todos os ministérios ocorre corrupção da base ao topo. Desde os profissionais da área alta administração, os profissionais da área da média administração e por fim os profissionais da administração operacional, da base ao topo, do simples empregado de limpeza ao chefe máximo da empresa.

A corrupção continua em pé, de pedra e cal, inamovível e sem ferrugem, que não se protejam uns e se persigam outros. Zenu dos Santos está sob um processo que não se cala, mas, não Zeno cumpriu apenas orientações do Excelentíssimo Sr. Eng. JES, desde logo, Zeno, não deveria ser preso, deveria ser ilibado todo tipo de crime que contra si pesa. É inaceitável que se processa Zeno e deixa – se Manuel Vicente à luz da liberdade, e deixa – se Álvaro Sobrinho à solta. Que tipo de justiça é essa afinal? Que prende uns e solta outros? Não queremos mais a guerra no seio do MPLA.

Lourencistas e eduardistas deponham as armas e reconciliam o Partido. Não há nenhum combate a corrupção, nem sequer justiça, num estado real de combate a corrupção apanhar – se – ia todos quanto fizeram e fazem actualmente corrupção e pôr – se –ia a prisão. Zeno dos Santos não pode ser o único exemplo de combate a corrupção, ao passo que os maiores corruptos continuam livres, e actualmente um novo clube pro- corrupção nasce e vai enriquecendo.

É necessário acabar com a guerra no seio do MPLA, e, impor ordem na camaradagem. Todos por um, e um por todos. Deve haver camaradagem, unidade, coesão, reconciliação. Todos devem ter a mesma linguagem.

Para as eleições de 2020 (autarquias) e 2022 (gerais), exige – se uma boa campanha eleitoral, coisa que não será possível com um Partido imputado sobre vozes opostas. Só haverá campanha em massa, se houver reconciliação do Partido, se a reconciliação for um preconceito a perda do MPLA nas eleições que se avizinham, será consequência.

Se, o MPLA teimar em se reconciliar consigo mesmo, desaparecerá na face da terra, portanto, caros camaradas: “ou a reconciliação do Partido ou o fim do Partido”, uma das duas opções serve para o destino do Partido. Se não houver reconciliação haverá desistência em massa, e incapacidade da máquina, da entouragem promover campanhas, sob risco de ganhar apenas com fraudes eleitorais, longe disso, será impossível realizar.

Desde logo, reconcilia – vos uns com os outros, perdoai – vos, dêem aos outros uma nova oportunidade. Façam do MPLA um Partido reconciliado consigo próprio. Quer eduardistas como lourencistas devem tornar - se novamente irmãos da mesma organização política. O fim da guerra traduzir - se - á pela paragem da perseguição a figura de Isabel dos Santos, a filha primogénita de Eduardo dos Santos, que sofre todo tipo de injustiças, cujos actos de injustiças contra ela impostos já superaram um oceano de injustiças.

É necessário a reconciliação do regime do MPLA. Reabilitar a figura da empresária mais brilhante de África, trazê -la à nação angolana, dando - a uma nova oportunidade de investir no âmago angolano, permitindo que com a sua acção possa ajudar no recuo da crise e no crescimento do País. Aliás, Isabel dos Santos, é das mais nobres figuras de negócios que Angola tem. Excelência Sr. Presidente do MPLA, General JLO, é hora de arregaçar as mangas e partir para uma reconciliação real do Partido.

Um por todos e todos pelo bem do MPLA.

BEM – HAJA!

João Hungulo: Mestre em filosofia política & Pesquisador.

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