No seguimento desta renovação, a direcção da TAAG previa colocar fora de circulação três aeronaves da antiga frota, o que está previsto para 2015.
No entanto, devido aos constantes problemas técnicos apresentados pelos aparelhos, respectivamente, Tango Bravo “Óscar” TBO, Tango Bravo Exrai TBX, Tango Bravo Carlos estão imobilizados na placa do aeroporto de Luanda e deixam de voar ainda este ano, adquiridos em 1976.
Sobre o assunto, o oficial de informação da TAAG, Carlos Vicente confirmou a imobilização das aeronaves por razões técnicas, tendo avançado, em exclusivo para o SEMANÁRIO ECONÓMICO que as mesmas deixam de rasgar os céus do país antes de 2015.
Os aviões que estão agora em terra têm capacidade para transportar até 128 passageiros e agora voavam para destinos cujos aeroportos ainda não tinham beneficiado de obras de melhorias nas suas pistas, como são os casos de Menongue, Luena e Saurimo.
“Está em curso um processo de modernização, mas os 737-200 acabam por ter motores mais potentes comparativamente à nova frota, o que permitia a aterragem em pistas com menos condições, para onde os Boeing-737-700 não aterravam ” , revelou o oficial de informação da TAAG.
Em relação às consequências da retirada de três aeronaves da frota, Carlos Vicente tranquiliza, dizendo que os aparelhos da nova frota de médio curso estão em condições de dar resposta à demanda.
Com essa retirada já anunciada, a TAAG passa a operar para destinos domésticos e regionais com cinco aeronaves do tipo Boeing 737-700, o mesmo número para os destinos intercontinentais, sendo três 777-200 ER e dois 777-300 ER.
Renovação começou em 2006
O processo de renovação da frota da TAAG ainda em curso começou em 2006, com a chegada ao país de seis aeronaves. Nesse ano, a transportadora aérea nacional encomendou seis aviões à Boeing, sendo dois do modelo 777- 200R e os restantes quatro do modelo 737-700.
Antes destas aquisições a TAAG possuía uma frota de sete aviões, que incluía dois Boeings 747-300-Combi (fora de serviço) para transporte de passageiros, que asseguravam as rotas de longo curso, e cinco Boeing 737-200, que faziam as ligações internas e os voos internacionais para os países vizinhos.
Ainda no quadro da renovação da frota da TAAG, na segunda quinzena de Julho chegou um novo aparelho do tipo Boeing-777, o primeiro de um lote de três aviões adquiridos a fabricante norte-americana com o mesmo nome.
Importa realçar que é neste quadro que a TAAG foi retirada da lista negra da comunidade Europeia, condição que impedia a companhia aérea de bandeira nacional de voar para o espaço comunitário europeu, uma decisão tomada em 2007.
A Comissão Europeia decidiu em 3 de Julho de 2007 incluir a TAAG na lista negra de companhias aéreas impedidas de voar para a Europa. Esta decisão implicou a suspensão de seis voos semanais da TAAG para Lisboa, a principal ligação da companhia na Europa.
Em Julho de 2009, a TAAG Angola recebeu a permissão de voltar ao espaço europeu, sob a condição de usar unicamente os seus novos Boeing 777-200ER e, a partir de Outubro de 2010, os Boeing 737, e só para Lisboa.
Em 1 de Agosto de 2009, o primeiro voo da TAAG partiu de Luanda para Lisboa, quase dois anos depois de ter sido banida do espaço aéreo da UE.
Em Março de 2010 a proibição foi ainda mais aligeirada permitindo que a TAAG voasse para todos os aeroportos europeus.
De acordo com o plano estratégico, a ambição da TAAG estende-se para lá dos sucessos já alcançados. O futuro traz desafios que a Companhia encara com optimismo e originaram um plano para os próximos anos centrado em 4 dimensões: Crescimento, Cliente, Controlo e Capacitação.
Para concretizar esta estratégia de crescimento de médio/longo prazo, a TAAG tem em curso um plano de expansão de frota, tendo celebrado um contrato de aquisição de três novas aeronaves de longo curso Boeing 777-300ER, idênticas às recepcionadas em 2012, com entrega prevista para 2014, 2015 e 2016. Também a frota de médio curso deverá ser expandida, modernizada e ajustada às necessidades nacionais, não só para dar resposta ao imperativo de crescimento na rede doméstica e regional, mas também para permitir a descontinuidade da velha frota clássica de Boeing 737-200, prevista para 2015 foi antecipada para este ano.
Com a renovação da frota, a TAAG passou a voar para um total de 29 destinos (dos quais 12 domésticos, 10 regionais e 7 intercontinentais), tendo a companhia expandido a sua rede internacional para as rotas de Havana, São Paulo, São Tomé, Pequim, Dubai, Cidade do Cabo, Praia, Bangui, Douala, Lusaka, Porto, Dubai e Pequim, e acompanhado o programa nacional de remodelação aeroportuária, retomando operações para vários aeroportos do país.
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