Os dados foram avançados pelo general António de Carvalho, do grupo operativo da Comissão Executiva de Desminagem, criada em 2005 e que integra quatro operadores do Estado.
Segundo António de Carvalho, Angola gastou nos últimos nove anos, neste processo de desminagem, 573 mil milhões de kwanzas (4,2 mil milhões de euros), o que permitiu deixar livre de minas milhares de quilómetros quadrados de áreas úteis para estradas, caminhos de ferro, linhas de fibra ótica e de transporte de energia.
Aquele responsável salientou ainda que, no total, foram desativadas e destruídas 442.909 minas anti-pessoal, 24.776 minas anti-tanque e 2.739.499 engenhos explosivos não detonados.
Angola, que é Estado parte da Convenção de Otava, que ratificou em 2002, solicitou em dezembro de 2012 uma moratória de cinco anos para a continuação das suas operações de desminagem e segurança em zonas minadas.
O pedido de prorrogação aceite, permite que Angola proceda até janeiro de 2018 à identificação e destruição de minas antipessoal.
O processo de desminagem em Angola é levado a cabo pelas Forças Armadas Angolanas, com 22 brigadas, o Instituto Nacional de Desminagem, com 18 brigadas, a Casa de Segurança da Presidência da República, com 14 brigadas, e a Polícia de Guarda Fronteira, com 58 brigadas, todas componentes da Comissão Executiva de Desminagem.
Lusa