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Quinta, 09 Abril 2020 14:24

Já sentiu um orgasmo mamário? E um anal? Os diferentes tipos de clímax feminino explicados por um especialista

São muitas as mulheres que se queixam de nunca ter sentido um. Também é o seu caso? Apesar de haver mais informação disponível nos dias que correm, também continuam a ser muitas as dúvidas? Sabe, por exemplo, onde fica o ponto U?

É, à partida, o principal objetivo da mulher numa relação sexual, ainda que nem todas o consigam sentir. O orgasmo feminino consiste num único processo, determinado pelo sistema nervoso central que gera impulsos eléctricos que percorrem o corpo desde o cérebro à espinal medula. De facto, na realidade, quer para as mulheres, como para os homens, só há um tipo de orgasmo, existindo, no entanto, várias vias para o atingir.

Durante muito tempo, pensava-se que a mulher teria somente dois tipos de orgasmo, o clítoriano e o vaginal. Sigmund Freud, o neurologista austríaco fundador da psicanálise, por exemplo, confirmou esta ideia no quadro do seu tempo, veiculando o pressuposto de que a mulher incapaz de atingir um orgasmo por penetração seria imatura sexualmente, uma tese rejeitada por muitos especialistas com o passar do tempo.

Efetivamente, o corpo feminino possui não uma, mas diversas áreas com potencial erógeno que, devidamente estimuladas, podem levar ao clímax, isto é, ao auge do prazer na relação consigo mesma ou com um parceiro. Segundo Bram Broms, médico especialista da clínica euroClinix, "por desconhecimento, preconceito ou receio, este potencial é timidamente explorado, colocando em cheque uma vida sexual mais plena e satisfatória". "A sexualidade feminina permanece, por isso e em certa medida, algo obscura nas promessas infindáveis do seu prazer", refere ainda.

A intimidade sexual e o orgasmo não se restringem à relação entre a vagina e o pénis. De facto, o sexo não é só uma relação coital, sendo que o orgasmo pode ser desencadeado de muitas outras formas, como a masturbação e o sexo oral. Para o homem, é mais fácil atingir o orgasmo através da penetração, já que a humidade, a temperatura da vagina e o movimento dinâmico do pénis estimulam as suas terminações nervosas.

No entanto, no caso da mulher, essa hipótese não se coloca, pois as suas terminações nervosas localizam-se no exterior da vagina, exigindo, à priori, estimulação para uma maior recetividade e disponibilidade do corpo para o ato amoroso. Neste âmbito, vale a pena referir que os mapas de prazer podem mudar ao longo da vida, e, por conseguinte, a via para o orgasmo. A sexualidade é mesmo uma eterna aprendizagem e descoberta.

Os caminhos para o orgasmo que deve aprender a explorar
Sem tabus, permita-se a explorar o seu corpo. Descubra o que lhe dá real prazer no caminho até ao orgasmo. Eis seis possibilidades para lá chegar:

- Orgasmo clítoriano

O clitóris é o único orgão humano cuja função é gerar prazer. Este orgão sexual externo, com uma localização acessível ao toque, reúne mais de 8.000 terminações nervosas, sendo, por isso, o mais fácil e comum de atingir. Composto por tecido erétil que incha e se enche de sangue, o clitóris fica rígido ao ser estimulado e excitado pelo toque, fazendo com que o útero e o canal vaginal se expandam e elevem, favorecendo a eventual penetração.

- Orgasmo vaginal

Normalmente intenso e prolongado, o orgasmo vaginal, obtido através da estimulação das paredes vaginais é mais raro e, por conseguinte, difícil de experienciar. Este pode ser estimulado manualmente ou através de penetração.

- Ponto G

Apesar da controvéria instalada na comunidade científica sobre a real existência do ponto G, consta que este está localizado atrás do osso púbico, perto do canal da uretra, na parede superior interna da vagina, a cerca de cinco centímetros da sua entrada. Os orgasmos femininos por esta via são tão intensos que podem levar à ejaculação feminina.

- Ponto U

Não se espante por nunca ter ouvido falar do ponto U. Este é de facto, pouco conhecido. Localizado em torno da uretra, que está entre o clitóris e a entrada da vagina, este é um tecido erétil de elevada sensibilidade que pode ser estimulado manualmente ou através do sexo oral.

- Orgasmo anal

O sexo anal ainda carrega o estigma, por exemplo, da sujidade, pela sua relação direta com o ânus. É necessário reabilitar esta imagem para desenvolver a abertura à experiência. Efetivamente, e apesar de não possuir lubrificação natural, o ânus pode ser mais maleável do que se pensa, sendo possível utilizar um creme para facilitar a penetração, sem irritação para a pele.

A sua prática exige gentileza, paciência e confiança e, sempre que necessário, uma conversa entre o casal para se superar quaisquer temores. Preconceitos à parte, esta é uma região que pode oferecer prazer às mulheres.

- Orgasmo mamário

Os seios podem ser das partes do corpo feminino mais sensíveis ao toque, sendo que, enquanto glândulas, dilatam quando excitadas. A sua estimulação pode, por isso, conduzir ao orgasmo, apesar da sua ocorrência ser rara. SAPO

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