O Tribunal Supremo (TS) diz desconhecer o paradeiro, na sua corte, dos passaportes apreendidos pela Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP) aos arguidos do mediático "caso Kopelipa" e pede ajuda à Procuradoria-Geral da República (PGR) para os localizar, soube o Novo Jornal.
Fernando Calueto.
A Polícia Judiciária Portuguesa interrogou o antigo director da Delta Imobiliária, Paulo Manuel Rodrigues Cascão, a pedido da Procuradoria-Geral da República de Angola, sobre os factos constantes no processo-crime n.º 32/2020, que tem entre os arguidos os generais Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”.
Tribunal da Relação de Portugal determinou que investigação a 'Kopelipa' e a 'Dino' por branqueamento de capitais deveria correr na justiça angolana.
A equipa de juízes e procuradores da Câmara Criminal do Tribunal Supremo, encarregada de julgar o processo-crime n.º 38/2022, deslocou- se, ontem, à urbanização Vida Pacífica, na província de Icolo e Bengo, com o propósito de averiguar os 24 edifícios que foram adquiridos pela Sonangol à China International Found (CIF) Angola, bem como os 22 edifícios que o Estado, por via dessa petrolífera, pagou pela sua construção à empreiteira China Guangxi
O antigo presidente do conselho de administração da Sonangol e coordenador das relações de cooperação Angola-China entre 2004 E 2008, Manuel Vicente, confirmou ao tribunal que a Sonangol comprou 22 edifícios na urbanização Vida Pacífica, no Zango 0, agora província Icolo e Bengo, à empresa China International Fund (CIF), para acomodar os seus funcionários, mas diz desconhecer qualquer envolvimento no negócio dos generais Manuel Hélder Vieira Dias Júnior "Kopelipa" e Leopoldino Fragoso do Nascimento "Dino", apurou o Novo Jornal.