"Todas as partes devem apoiar a Rússia e a Ucrânia a trabalharem na mesma direção e a retomarem o diálogo da forma mais rápida possível", comunicou a pasta, acrescentando que trabalha para evitar uma escalada no conflito.
No texto, Pequim apresenta 12 propostas para que as partes envolvidas na guerra cheguem a uma "solução política". O regime chinês defende o fim de sanções impostas à Rússia e o estabelecimento de corredores para a retirada de civis das áreas de conflito e para a exportação de grãos.
1 — O respeito pela soberania dos países
2 — O abandono da mentalidade da Guerra Fria
3 — O fim das hostilidades
4 — O regresso das conversações de paz
5 — A resolução da crise humanitária
6 — A proteção dos civis e dos prisioneiros de guerra
7 — A salvaguarda das centrais nucleares
8 — A redução dos riscos estratégicos
9 — O encorajamento às exportações de cereais
10 — O fim das sanções unilaterais
11 — A manutenção da estabilidade das cadeias de abastecimento
12 — A promoção da reconstrução pós-conflito
É pouco provável que os Estados Unidos e a Europa apoiem o documento, acredita Neil Thomas, analista sénior do grupo Eurasia, em declarações à CNN. "A proposta chinesa devia ter terminado no primeiro ponto, que pede o respeito pela soberania dos países. Esta guerra pode terminar já amanhã, se a Rússia parar de atacar a Ucrânia e retirar as suas tropas."
O presidente ucraniano assumiu que gostaria de uma maior aproximação da China à Ucrânia. "Gostaríamos de nos encontrar com a China", apontou Volodymyr Zelensky numa conferência conjunta com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, em Kyiv, esta quinta-feira.
"Claro que a Ucrânia gostaria de ver a China ao seu lado", sublinhou Zhanna Leshchynska, a principal diplomata de Kiev em Pequim, citada pela Bloomberg. "Neste momento, vemos que a China não está a apoiar os esforços ucranianos", mas "esperamos que eles também insistam com a Rússia para parar a guerra e retirar as suas tropas do território da Ucrânia".