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Segunda, 09 Janeiro 2023 14:09

Políticos dos Estados Unidos exigem extradição de Bolsonaro

Os políticos dos Estados Unidos da América (EUA) recorreram às redes sociais para manifestar o seu descontentamento com a presença do antigo presidente do Brasil Jair Bolsonaro no país, pedindo a sua extradição como consequência das invasões em Brasília.

Bolsonaro, que chegou à Flórida no dia 31 de dezembro, é para muitos congressistas norte-americanos um dos responsáveis pelos atos de bolsonaristas radicais que invadiram o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal no domingo.

Até ao momento, pelo menos cinco políticos apoiam esta ideia comparando o ato no Congresso em Brasília com o ataque ao Capitólio dos EUA que ocorreu em 2021. Alexandria Ocasio-Cortez e Joaquin Castro, filiados ao Partido Democrata, de Joe Biden, pediram no Twitter que Bolsonaro saísse dos Estados Unidos.

“Cerca de dois anos depois de o Capitólio dos EUA ter sido atacado por fascistas, vemos movimentos fascistas no estrangeiros a tentarem fazer o mesmo no Brasil”, pode ler-se na publicação de Alexandria Ocasio-Cortez feita depois da invasão da Esplanada dos Ministérios, onde a política defende que os Estados Unidos deveriam parar de “oferecer refúgio” ao antigo líder do Brasil.

Joaquin Castro, deputado democrata pelo Estado do Texas, comentou que os “terroristas domésticos e fascistas não podem usar o exemplo de Trump para minar a democracia” acrescentando que “Bolsonaro não se deve refugiar na Flórida, onde está a esconder a responsabilidade pelos seus crimes”.

A deputada democrata pela Flórida Anna Eskamani questionou publicamente o governador do Estado Ron de Santis sobre a razão pela qual os EUA estão a “dar refúgio” a Bolsonaro. “É porque apoia os regimes fascistas de extrema-direita que invadem capitólios?”, perguntou.

Outro deputado democrata, desta vez pela Califórnia, Mark Takano, afirmou na mesma rede social que os Estados Unidos e as pessoas democráticas “devem apoiar os resultados da eleição brasileira” salientando que “a violência antidemocrática no Brasil hoje é um lembrete preocupante dos perigosos movimentos fascistas que crescem em todo o mundo”. “Jair Bolsonaro não deveria ter permissão para se refugiar nos EUA”, defendeu.

A deputada por Minnesota Ilhan Omar mostrou-se solidária com o atual presidente bem como com o povo do Brasil. “As democracias de todo o mundo devem permanecer unidas para condenar este ataque à democracia. Bolsonaro não deveria se refugiar na Flórida”, defendeu na sua conta oficial do Twitter.

Jair Bolsonaro saiu do Brasil antes do fim do mandato, não cumprindo a tradição democrática de passar a faixa presidencial para o seu sucessor Lula da Silva que assumiu a presidência do país há já uma semana.

Os apoiantes de Bolsonaro não só praticaram atos de vandalismo como entraram em confronto com a Polícia Militar por não reconhecerem o resultado das eleições presidenciais de 30 de outubro. Contudo, as autoridades conseguiram recuperar as três instituições e afastar os manifestantes, numa operação que resultou em pelo menos 200 detenções.

Este protesto, que está a ser criticado por vários países e personalidades, foi condenado de imediato pela comunidade internacional. Esta segunda-feira a presidente da Comissão Europeia considerou que esta manifestação é um “ataque à democracia” e sublinhou o seu apoio ao presidente brasileiro.

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