Os Acordos de Alvor, assinados em 15 de Janeiro de 1975, em Portugal, por Agostinho Neto, pelo MPLA, Holden Roberto, pela FNLA e Jonas Savimbi, pela UNITA, representaram um marco fundamental no processo de transição para a independência de Angola, que seria proclamada a 11 de Novembro de 1975.
Durante a sua Mensagem sobre o Estado da Nação, João Lourenço disse que o reconhecimento nacional a figuras que contribuíram para a libertação e formação do Estado angolano é “um acto de alcance sentimental único”, simbolizando o respeito e a gratidão do país por todos aqueles que lutaram pela soberania e pela paz.
“É nobre e de alcance sentimental único o reconhecimento que a nação angolana tem feito a milhares dos seus filhos e a alguns cidadãos estrangeiros que consentiram sacrifícios e se empenharam, com alto sentido patriótico, para nos legar uma terra livre”, afirmou João Lourenço.
O Presidente sublinhou que esta decisão insere-se no espírito de perdão e reconciliação nacional, reforçando a coesão e a unidade entre os angolanos, independentemente das suas origens políticas ou históricas.
Ao estender o reconhecimento nacional aos signatários destes acordos, João Lourenço destacou que o país “honra o seu passado e reafirma o compromisso com um futuro de paz, desenvolvimento e unidade”.
As distinções serão entregues durante as comemorações oficiais do cinquentenário da independência, que se celebra sob o lema “Angola - 50 anos de Independência, Paz e Desenvolvimento”, num momento simbólico de celebração da memória colectiva e do reencontro entre todos os angolanos.