A campanha deste ano envolveu cerca de 70 voluntários no terreno, inclusive elementos dos escuteiros, e segundo números ainda provisórios permitiu recolher 5.158 quilogramas de vários tipos de alimentos na zona de Luanda.
"Isto significa 74% a menos em proporção do número de pontos em que fizemos recolha. Ou seja, tivemos o dobro do esforço, passamos de oito para 14 superfícies, e uma redução de 37%, para os 8.200 quilos de alimentos de há um ano", explicou hoje à Lusa Henrique Nunes, fundador do Banco Alimentar Angola.
O responsável justifica esta forte quebra, superior a 50% em todas as superfícies comerciais, sentida também no número de voluntários que participaram nas angariações, com a crise que afeta o país, decorrente da quebra das receitas com a exportação de petróleo e que também fez disparar os preços dos alimentos, sobretudo importados.
"No cômputo geral houve uma redução substancial na entrega de leite. É um produto que aumentou quase 50% de preço e que nitidamente recolhemos menos cerca de metade, tendo em conta os números de 2014", explicou ainda Henrique Nunes.
Os alimentos recolhidos começam a ser distribuídos pelo Banco Alimentar Angola já a partir de terça-feira, acrescentou o responsável da instituição.
Essa distribuição será feita através a instituições de solidariedade social identificadas pelo Banco Alimentar como certificadas para avaliarem a real situação de carência alimentar das pessoas objeto da sua assistência.
Beneficiam deste apoio o Centro de Acolhimento de Crianças Arnaldo Jansson, a Associação de Amizade e Solidariedade para com a 3.ª idade, o Centro de Acolhimento de Meninas Horizonte Azul, o Centro da Nossa Senhora da Boa Nova, o Centro Social Santa Bárbara, Obra Dom Bosco e a Obra Divina Providência.
Lusa