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Terça, 17 Novembro 2015 20:40

Milícia do MPLA promete apelar por “justiça sem pressão” até o fim do julgamento

Os manifestantes da “Justiça sem pressão” chegaram ao Tribunal em autocarros da TCUL, têm segurança particular e foram escoltados pela Polícia Nacional.

O grupo que ontem promoveu uma manifestação a favor da “Justiça sem pressão” durante o julgamento dos activistas, voltou marcar a presença no segundo dia do julgamento, nas imediações da 14ª. secção do sala de crimes comuns do Tribunal Provincial de Luanda e, desta vez, falaram ao Rede Angola. Os seus membros garantem que vão estar no local até o veredicto. “Vamos apelar pela justiça sem pressão até terminar o julgamento”, informou Luís Gonzales, o  líder do grupo apresentado como sendo de organização civil. Gonzales diz que o grupo não faz parte de nenhuma organização política, no entanto, vários manifestantes que não se quiseram identificar disseram que o grupo pertence ao MPLA.

Vestidos de t-shirts brancas com frases “Justiça sem pressão”, o grupo formado por jovens e também idosos foi transportado até ao local em dois autocarros da empresa pública TCUL, Transporte Colectivo Urbano de Luanda, e chegou ao Benfica por volta das 9 horas.

No momento em que os activistas, familiares dos arguidos e membros do corpo diplomático estavam a ser dispersados pela polícia, a organização estava numa rua que tem acesso directo ao portão do tribunal, numa distância de aproximadamente 200 metros.

Para além da aparelhagem de som que utilizavam, os manifestantes tiveram ainda escolta da Polícia Nacional e também de grupos de segurança particular que estavam igualmente uniformizados com as mesma t-shirts. Luís Gonzales disse que o grupo estava no local para prestar solidariedade ao serviço judiciário do país.

“Visto que Angola é um Estado soberano, e que os tribunais exercem as suas funções, mobilizamo-nos para prestar solidariedade à nossa justiça”, disse. “Esta é uma organização criada no momento, com a finalidade de prestar apoio à justiça. Não pertencemos a nenhum partido. Surgimos por vontade própria”.

Gonzales não quis ser fotografado. Outros membros do grupo só aceitaram ser fotografados sem mostrar o rosto.

Organização promete apelar por “justiça sem pressão” até o fim do julgamento.

RA

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