Tratam-se dos cidadãos nacionais Bonifácio Bundo Mavungo, 38 anos, Manuel Baza Sambo (30), Ernesto Catele Keu (28), seguranças que faziam a guardição na agência “Maiombe” do BPC, e José António Telica Liana, 51 anos, 1.º sub-chefe da Polícia Nacional, efectivo do Comando Provincial de Cabinda, que foram apresentados à imprensa.
Segundo a investigação, durante o roubo à agência bancária, o grupo de assaltantes usaram três pés-de-cabra, três caixas de fósforos, um isqueiro, uma chave de bocas 25/28 e três botijas de gás. Duas das botijas eram de oxigénio e uma outra de acetileno, com as respectivas mangueiras, manómetros e maçarico, que serviram para o arrombamento do gradeamento do imóvel e a destruição parcial do cofre. O grupo usou ainda três viaturas, uma das quais de marca “Hyundai i10”, de cor preta, com a matrícula “LD-58-39GC”, e outra “Mitsubishi”, também de cor preta, com a matrícula “CBD 47-05”, que serviram como meios para a realização do delito.
Outros envolvidos
O director provincial do Serviço de Investigação Criminal (SIC), superintendente-chefe Manuel José da Costa Júnior, indicou que a SIC e a direcção do Ministério do Interior tomaram conhecimento do assalto no dia 16 de Setembro do ano em curso e de imediato “accionaram os mecanismos de investigação que levaram à apreensão e detenção dos criminosos”.
Para a obtenção de informações concretas sobre o roubo, “foram feitas trabalhos de perícia técnica a partir das imagens que ficaram gravadas nos servidores quando os meliantes faziam o salto e a conferência do dinheiro que estava no cofre arrombado”.
O superintendente-chefe Manuel Júnior precisou que o plano de assalto à dependência da “Agência Maiombe” do BPC começou a ser delineado pelo grupos de suspeitos em Agosto do ano em curso. Aproveitando-se do feriado prolongado para assinalar o Dia do Herói Nacional, os assaltantes concretizaram o plano de roubo dos 45 milhões de kwanzas, com a colaboração e participação directa de um dos seguranças que estava a proteger o local. “As investigações continuam no sentido de buscarmos mais elementos. Temos a certeza de que há outros envolvidos que estão fora, mas por razões de segredo profissional não podemos revelar. Vamos continuar com as investigações, porque paralelamente ao trabalho investigativo existe a instrução de processos. O importante é que eles são confessos e há matéria do crime. Como viram, foram apresentados desde os elementos que foram utilizados na preparação até aos da consumação do delito e aqueles que depois do crime facilitaram a fuga dos criminosos”, explicou Manuel Júnior. A investigação só será encerrada quando os delinquentes forem capturados na sua totalidade, sublinhou o oficial da Polícia.
O delegado regional do Banco Nacional de Angola, Sebastião Banganga, referiu que o BNA, como o órgão que supervisiona e acompanha o sistema bancário, nunca registou um caso idêntico. Este é o primeiro que acontece em Cabinda e Banganga apelou aos representantes dos bancos comerciais para redobrarem os esforços de segurança para que crimes do género não se repitam na região.
“Quero agradecer o esforço da Polícia Nacional e do Serviço de Investigação Criminal, que foram operacionais e em tempo oportuno conseguiram esclarecer este delito. Apelamos aos representantes dos bancos comerciais para redobrarem esforços, de modo a não descuidarem dos elementos que prestam serviços de segurança e que acções do género não se repitam”.
A contas com a justiça
A polícia de investigação criminal de Cabinda deteve também nove cidadãos nacionais e estrangeiros que praticaram crimes em várias zonas da região de Cabinda.
Tratam-se de José Manteiga Sambo, de 19 anos, acusado de violação sexual de um menor de um ano e três meses, Muanda Leon, cidadão da RDC de 25 anos, por violação de uma menor de 11 anos. Domingos António, 33 anos, e Francisco Massoquila, 34 anos, foram detidos por roubo de uma viatura “Toyota Land Cruiser”, de matrícula “LD45-43 EX”, e Miguel Tete, 60 anos, e Regina Simba, 29 anos, por posse e venda de liamba. Maorou Diabó (26) e Frank Mário (28), ambos da República do Congo, estão a contas com a justiça por uso de documentos falsos e a cidadã da RDC Matondo Toco (18) por ter agredido fisicamente o seu marido, Alberto Malonda, causando-lhe uma lesão no pénis.
Jornal de Angola