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Sábado, 26 Outubro 2013 23:00

Justiça Brasileira aceita denúncia contra suspeitos de tráfico de mulheres Featured

A Justiça Federal aceitou denúncia do Ministério Público Federal contra cinco brasileiros e dois angolanos (General Bento Kangamba e Fernando Vasco Republicano) pelos crimes de tráfico internacional de pessoas, rufianismo, favorecimento de prostituição e associação criminosa. Eles são acusados de aliciar mulheres que eram mandadas para países como Angola, África do Sul e Portugal.

A denúncia foi oferecida pela procuradora da República Stella Fátima Scampini em 19 de setembro e recebida no dia 21 de outubro pela juíza federal da 8ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Maria Isabel do Prado. Os cinco brasileiros foram presos nesta quinta-feira (24) durante operação da Polícia Federal.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em onze endereços nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Cotia e Guarulhos, na Grande São Paulo.

Três dos detidos são acusados de aliciar mulheres, desde simples frequentadoras de casas noturnas até garotas de programa. Elas recebiam US$ 10 mil para viajar para os três países. As garotas passavam uma semana nos destinos, faziam sexo sem preservativo e na volta ganhavam um falso coquetel antiaids.

Mulheres famosas, como atrizes e modelos, ganhavam até US$100 mil pelo serviço. Um empresário brasileiro e um homem que fazia toda a documentação foram presos. Os dois empresários angolanos são procurados pela polícia e devem ter seus nomes incluídos na lista de procurados da Interpol.

Investigações

As prisões fazem parte da operação Garina, da Polícia Federal. A investigação durou um ano, mas a PF suspeita que o esquema ocorria desde 2007. Até 100 mulheres foram enviadas por ano para os três países.

De acordo com as investigações, a organização criminosa internacional contava com dois núcleos, um no Brasil e outro em Angola. Um angolano seria o principal financiador da ação criminosa, que era responsável pela remessa mensal de cerca de sete mulheres brasileiras ao exterior, movimentando por mês o valor aproximado de US$ 500 mil. A estimativa é de que, ao longo dos sete anos, os suspeitos tenham movimentado aproximadamente US$ 45 milhões.

O grupo utilizava os nomes de um grupo musical e duas empresas, uma primeira sediada no Brasil e outra em Angola, para facilitar a obtenção de vistos para as mulheres enviadas ao exterior e para ocultar práticas criminosas relacionadas ao tráfico internacional de pessoas.

G1

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