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Sexta, 31 Julho 2020 18:00

Distribuição de água em Luanda custou 53 mil euros entre abril e maio — Governo

As autoridades angolanas gastaram perto de 35 milhões de kwanzas (53 mil euros), entre abril e maio, para distribuírem 119 milhões de litros de água aos cidadãos em Luanda sem acesso à rede pública, devido à covid-19

As autoridades angolanas gastaram perto de 35 milhões de kwanzas (53 mil euros), entre abril e maio, para distribuírem 119 milhões de litros de água aos cidadãos em Luanda sem acesso à rede pública, devido à covid-19, disse hoje fonte oficial.

Os custos indiretos com a logística e aquisição de material de biossegurança para este processo na capital angolana foram de cerca de 62 milhões de kwanzas (93 mil euros).

A situação esteve hoje em análise, durante a terceira sessão ordinária do Conselho Nacional de Águas (CNA) de Angola, que decorreu, em Luanda, sob presidência do vice-Presidente de Angola, Bornito de Sousa.

Num comunicado de imprensa, o CNA informou que as restantes províncias angolanas absorveram nesse período 134,6 mil metros cúbicos de água, totalizando um custo de cerca de 23,4 milhões de kwanzas (35 mil euros).

Durante os meses de abril e maio, o custo de água distribuída gratuitamente, diz o Conselho Nacional de Águas angolano foi de um total de 264.867,79 litros com custos diretos de 45 milhões de kwanzas (68 mil euros).

Diariamente, cidadãos em Luanda e noutros pontos do país reclamam pela falta de água potável para regular higienização em tempo da pandemia.

Uma proposta de constituição de gabinetes regionais de bacias hidrográficas prioritárias, nomeadamente Catumbela, Cavaco e Caporolo, Cuanza, Queve e Longa e Zambeze também foram analisados nesta sessão.

“Pretende-se, com essa proposta, fazer uma implementação faseada dos futuros gabinetes regionais de administração de bacias hidrográficas, com natureza de serviços executivos locais do Instituto Nacional de Recursos Hídricos (INRH), visando uma gestão mais próxima e operacional dos recursos hídricos a nível regional”, lê-se no comunicado.

Estas medidas que, segundo as autoridades angolanas, vêm estabelecidas no Plano Nacional de Águas, traduzem-se no “reforço dos sistemas de abastecimento de água, construção de barragens para fins múltiplos, bem como o asseguramento de transvazes de caudal e utilização de águas subterrâneas”.

O CNA foi igualmente informado sobre os projetos estruturantes de combate à seca nas Bacias do Cunene e Cuvelai, na sequência do Despacho do Presidente angolano, João Lourenço, de abril de 2019, que determina a “identificação e execução de soluções estruturantes para a região sul”.

O trabalho desenvolvido pelas comissões de bacias transfronteiriças, nomeadamente a Comissão Permanente das Águas da Bacia do Rio Cubango/Okavango entre Angola, Namíbia e Botsuana (OKACOM), Comissão Internacional da Bacia do Rio Cuvelai entre Angola e Namíbia, Comissão Técnica permanente Conjunta Angola/Namíbia para a Bacia do Rio Cunene, entre outras, também esteve em apreciação no encontro.

José Gomes de Andrade Ambriz foi apresentado, na ocasião, como secretário permanente do Conselho Nacional de Águas de Angola.

O Conselho Nacional de Águas é um órgão consultivo permanente do titular do poder executivo angolano para a coordenação e articulação entre diferentes setores em matéria de planeamento, gestão e utilização de recursos hídricos.

Angola vive desde 26 de maio situação de calamidade pública e conta com 1.109 casos da covid-19, nomeadamente 663 ativos, sendo 15 em estado grave e oito em estado crítico, 395 recuperados e 51 óbitos.

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