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Sexta, 12 Junho 2020 18:45

Covid-19: Angola com mais 12 casos positivos, agora são 130 casos

Dois dias depois do anúncio dos 17 casos da Covid-19, número mais expressivo registado desde que a doença chegou no país, ontem, 12 pacientes testaram positivo, incluindo uma médica. Deste modo, Angola passa a contar com 130 infectados.

A ministra da Saúde, que anunciou o facto, durante a conferência de impresa de actualização de dados, relevou que seis são de contaminação local e os restantes importados da Rússia. Os infectados têm idades compreendidas entre os 11 e 92 anos. Dos infectados, oito são do sexo masculino e quatro feminino e já estão internados na unidade de tratamento da Covid-19, da Zona Económica Especial, em Viana.

Sílvia Lutucuta referiu que dois casos são da cerca sanitária da Clínica Multiperfil, quatro do Hoji-ya-Henda e seis provenientes da Rússia, que se encontravam em quarentena institucional. Dos casos da Multiperfil, um tem 92 anos, assintomático e o seu estado é estável. Outro é infectado é uma médica, que trabalha no serviço de urgência daquela unidade de saúde.

Por isso, disse a porta-voz da Comissão Multissectorial, o Ministério da Saúde tomou algumas decisões em relação à Clínica Multiperfil, sendo que a previsão era fazer o levantamento da cerca sanitária ontem, mas, tudo dependia da avaliação epidemiológica. “Temos de dar nota que todas as pessoas que estão na cerca foram testadas. Essa testagem foi efectuada há mais de sete dias e, por essa altura, todos os exames negativos devem ser reavaliados”, esclareceu a ministra.

A ministra da Saúde sublinhou, ainda, que do grupo que está na cerca, desde à data, há dois resultados positivos, mas houve interacção entre os profissionais de saúde, que estão a trabalhar no mesmo local. Há, por isso, toda a necessidade de se tomarem medidas adicionais. Com base na actual realidade prosseguiu Sílvia Lutucuta, uma equipa do Ministério da Saúde está a trabalhar com a direcção da Clínica Multiperfil e decidiram manter, por enquanto, a cerca sanitária.

“Ontem demos início à testagem dos 30 pacientes internados e, depois disso, acredita-se que, ainda hoje, aguardemos pelos resultados”. De acordo com a titular da pasta da Saúde, depois desta fase, os casos negativos terão alta, os positivos estarão sujeitos a cumprir a quarentena numa das unidades sanitárias. “Hoje prevê-se a realização de todos os profissionais da cerca sanitária e, posteriormente, serem tomadas as melhores decisões”.

Sílvia Lutucuta acrescentou, ainda, que depois dos dois casos positivos é prudente que sejam outra vez testados, porque já se passam mais de sete dias desde o teste anterior e, de seguida, será feita a desinfecção da clínica, bem como o levantamento da cerca de forma segura.

Morte do farmacêutico

A ministra falou, igualmentem, sobre a morte de um farmacêutico. Disse que faz parte do grupo de risco e que esteve em quarentena domiciliar. Explicou que, ao sair para o local de trabalho, teve morte súbita. Sílvia Lutucuta aclarou que, por enquanto, não há nenhuma referência que o quadro esteja relacionado com a Covid-19.

“Nós estamos num país onde há uma alta prevalência, também, de hipertensão arterial em pessoas muito jovens e, muitas vezes, as mortes súbitas podem estar ligadas com acidente cardiovascular cerebral, enfarte de miocárdio, ruptura de aneurisma e outras que possam levar a morte repentina”, fundamentou.

Quanto à questão do apoio de um laboratório externo, para estudar o comportamento do novo coronovírus, a porta-voz da Comissão Multissectorial precisou que está em curso trabalhos com instituições congéneres do Instituto Nacional de Investigação em Saúde, para, entre outras, fazer a sequência genética do vírus de alguns casos importantes transmissores.

Segundo a ministra, há informações de que o vírus tem sofrido algumas mutações que, para alguns sítios, torna-se mais violento e causa mais doenças. Por isso, continuou, é preciso saber que alterações o novo coronavírus sofreu no país e qual o comportamento, a julgar que todas as pessoas são assintomáticas, mas com capacidade de transmitir à doença.

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