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Segunda, 08 Junho 2020 18:01

Alto funcionário do BPC foi detido por desfalque de 180 milhões de kwanzas

Um alto funcionário da direcção de operações da sede do Banco de Poupança e Crédito (BPC) foi detido há dias, por supostamente ter retirado 180 milhões de kwanzas de forma ilícita, de uma das agências daquela instituição bancária.

De acordo com fontes ligadas ao processo-crime, o funcionário retirou o dinheiro usando cheques em nome de duas empresas, que lhe pertencem. O dinheiro foi transferido para as empresas Solarengo e Selica limitada, alegadamente por terem prestado serviço ao Banco de Poupança e Crédito.

A gerência de uma das agências bancárias do BPC, sedeada em Luanda, deu conta da fraude e accionou o Serviço de Investigação Criminal, que deteve o acusado.

O alto funcionário do BPC foi já apresentado ao Ministério Público, mas, dada a gravidade da situação, foi decidido manter a situação carcerária do acusado, que vai aguardar por julgamento, na prisão. O Jornal de Angola soube de fonte segura que o dinheiro seria posteriormente transferido para outras contas domiciliadas em outros bancos comerciais, sedeados na capital do país. Os 180 milhões de kwanzas foram já devolvidos aos cofres do Banco de Poupança e Crédito.

De recordar que, na quarta-feira, o conselho de administração do BPC concedeu uma conferência de imprensa, onde o seu PCA, António Lopes, afirmou que o Banco de Poupança e Crédito conseguiu recuperar 50 por cento do valor de uma fraude que foi detectada em meados de Abril deste ano, depois de os respectivos sistemas informativos terem detectado transferências ilegais para bancos privados, de pelo menos 434 milhões de kwanzas.

Do valor recuperado, 132 milhões não saíram da instituição, por morosidade do sistema de transferências, e 65 milhões de kwanzas foram prontamente recuperados na segunda-feira, 20 de Abril, evitando que o BPC sofresse um “fatal” arrombo em tempo de crise da pandemia do novo coronavírus. No total, o BPC recuperou, com a interrupção das transferências, pelo menos 197 milhões de kwanzas.

Os indicadores do BPC apontam que, este ano, o banco deve sofrer prejuízos de 61,5 mil milhões de kwanzas. Segundo o presidente do conselho de administração do BPC, apenas em 2021 o banco começa a apresentar resultados positivos, depois de em 2019 ter perdido mais de 400 mil milhões de kwanzas.

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