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Sexta, 20 Março 2020 16:13

Produtora angolana de máscaras diz ter “matéria-prima suficiente” para a procura

A empresa Civep Contravem Angola, com produção diária de perto de mil máscaras hospitalares, disse hoje que "ainda não regista grande procura" do material, assegurando ter "matéria-prima suficiente" para responder à eventual procura devido ao novo coronavírus.

Segundo António Ribeiro, gestor da empresa, produtora de têxteis lares e hospitalares, a unidade fabril "não está preocupada com a procura de máscaras", porque "ainda é baixa", contando apenas com um cliente ligado ao setor da saúde.

"Em termos de procura de máscaras, temos uma empresa que compra e não nos preocupamos muito, porque não temos grande procura a não ser este cliente que está ligado à saúde e se a procura aumentar temos como dar saída", afirmou em declarações à Lusa.

O responsável assegurou que, caso se registe aumento na procura, a Contravem vai trabalhar para dar resposta no intuito desse material de proteção não escassear.

“Enquanto tivermos matéria-prima vamos fabricar, até porque, felizmente, ainda temos matéria-prima desse tipo de tecidos", observou.

Com 12 anos de atividade em Angola, além de máscaras, cuja produção diária é de cerca de 700, a firma produz igualmente fatos, lençóis e almofadas hospitalares, entre outros.

Máscaras de proteção, álcool gel, sabão e luvas estão entre as recomendações das autoridades como meios de proteção para o novo coronavírus, cujo novo epicentro é a Europa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Angola, sem registo de casos confirmados da Covid-19, reforça as medidas de prevenção e de vigilância epidemiológica, sobretudo nos 32 pontos de entrada oficiais do país.

Angola decretou, desde 03 de março, a proibição da entrada de cidadãos estrangeiros provenientes da China, Coreia do Sul, Irão, Itália e alargou a medida esta semana para Portugal, França e Espanha, com quarentena obrigatória de 14 dias.

As autoridades angolanas decretaram ainda, a partir de hoje, a proibição de viagens aéreas, marítimas e terrestres de e para o país, durante 15 dias, como medida cautelar à pandemia.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 250 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 10.400 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 89.000 recuperaram da doença.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

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