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Domingo, 15 Março 2020 20:48

Isabel dos Santos critica “situação totalmente inacreditável” na justiça portuguesa

A empresária escusou-se a comentar o arresto de que é alvo e quis antes deixar uma mensagem de solidariedade aos portugueses devido à epidemia.

A empresária angolana Isabel dos Santos considera que a justiça portuguesa a colocou “numa situação totalmente inacreditável”, escusando-se a tecer mais comentários ao facto dos seus bens e contas bancárias terem sido alvo de arresto em Portugal.

A empresária, que é o centro do caso Luanda Leaks, quis antes deixar uma mensagem de “solidariedade” aos portugueses devido ao surto de coronavírus, que está a afligir vários países por todo o mundo, incluindo Portugal.

Uma fonte oficial da investidora, que controla a Efacec e detém 42,5% do EuroBic, disse ao Dinheiro Vivo que Isabel dos Santos está a ser impedida de se defender dos processos de que está a ser alvo em Portugal, na sequência de um pedido das autoridades angolanas.

Sobre esta denúncia, Isabel dos Santos não quis fazer qualquer comentário, mas afirmou: “apesar da situação totalmente inacreditável em que a justiça portuguesa me colocou, não quero deixar de dirigir uma mensagem de solidariedade a todos os portugueses neste momento difícil de saúde pública por que estão a passar”.

“Ao longo destes anos aprendi a gostar de Portugal e dos portugueses, que sempre me acolheram bem e receberam com amizade a minha presença. Por isso o meu pensamento está neste momento também com os portugueses”, afirmou a gestora ao Dinheiro Vivo.

Um artigo do jornal i, publicado na passada sexta-feira, descreve com detalhe a tramitação de autos de arresto, junto de entidades judiciais e judiciárias portuguesas, a pedido de Angola. Fonte oficial de Isabel dos Santos “estranha” que esteja a ser dada “informação sob segredo de justiça” aos órgãos de comunicação social e admite que esteja a haver “um aproveitamento político ou mediático do caso”.

Na notícia do i é referido que o Tribunal Central de Instrução Criminal ordenou o cumprimento de um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, de 5 de março, que determinou o arresto – e não o mero congelamento – dos bens e contas bancárias da empresária angolana, das suas empresas e de outras pessoas com as quais tem ligações.

Isabel dos Santos colocou à venda os 42,5% que tem no banco EuroBic e a posição que detém na Efacec.

Na passada sexta-feira, fonte oficial do Abanca afirmou ao Dinheiro Vivo que a operação de compra de 95% do EuroBic está a decorrer como previsto. No Parlamento, vários deputados manifestaram recentemente receios de que Isabel dos Santos retire de Portugal as receitas que possa vir a obter da vendas das suas participações em empresas em Portugal. DV

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