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Terça, 11 Fevereiro 2020 19:13

PGR não tem notícia de que Edeltrudes Costa tenha cometido algum crime

A denúncia pública de que o director de gabinete do Presidente da República terá recebido, numa das suas contas,17,6 milhões de dólares, quando era ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do ex-Presidente, José Eduardo dos Santos, a fonte da PGR adiantou que a instituição não tem notícia de que Edeltrudes Costa tenha cometido algum crime.

“O que disseram é que tinha feito depósito de somas avultadas na conta. Não disseram a proveniência criminosa do dinheiro”, afirmou a fonte da Procuradoria Geral da República.

Esta semana o Jornal português Expresso publico que o braço direito de João Lourenço, Edeltrudes Costa, recebeu 17,6 milhões de dólares quando era ministro de Eduardo dos Santos. A origem do dinheiro permanece um mistério

25 de julho de 2013. Numa das contas de Edeltrudes Costa no BAI — Banco Angolano de Investimentos é feito um depósito de 17,6 milhões de dólares. Como foi obtido o dinheiro? O atual chefe de gabinete do Presidente angolano não o explicou ao Expresso. Nos dias seguintes 17 milhões são aplicados em “títulos garantidos” do BAI. Em agosto, o então ministro de Estado e chefe da Casa Civil de José Eduardo dos Santos recebe na mesma conta 5 milhões de dólares do empresário Domingos Manuel Inglês. E ao longo desse mês levanta, em numerário, 1,25 milhões de dólares, segundo documentos a que o Expresso teve acesso.

O ano 2013 impulsionou o património de um dos homens de confiança de Eduardo dos Santos, que é hoje o chefe de gabinete do Presidente João Lourenço. Grande parte da fortuna, que ultrapassa os €20 milhões, vem sendo aplicada em títulos financeiros. Mas algum do dinheiro de Edeltrudes Costa serviu para comprar imóveis em Portugal. Documentos a que tivemos acesso mostram que em abril de 2017 (depois de ter sido afastado por Eduardo dos Santos e antes de ser “repescado” por Lourenço) Edeltrudes transferiu €2,05 milhões para Ariete Faria (ex-mulher), que no mês seguinte comprou uma casa na Quinta da Marinha, em Cascais, por €2,52 milhões.

O Expresso questionou-o sobre estes movimentos, mas Edeltrudes Costa não quis entrar em detalhes, assegurando que as suas fontes de rendimento são lícitas. “Os recursos que recebi, tanto no exercício de funções públicas como no exercício da minha atividade profissional ou em resultado de investimentos pontualmente realizados foram atempadamente declarados e sujeitos a escrutínio pelas autoridades angolanas competentes, sendo as minhas fontes de rendimento perfeitamente claras e legais”, declarou.

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