Quinta, 18 de Abril de 2024
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Segunda, 06 Janeiro 2020 18:43

Novo centro de segurança pública com mais de 72 mil falsas chamadas numa semana

O recém-inaugurado Centro Integrado de Segurança Pública, em Luanda, recebeu desde a sua entrada em funcionamento, há uma semana, mais de 76 mil chamadas, das quais 72 mil eram falsas emergências.

Novo centro de segurança pública com mais de 72 mil falsas chamadas numa semana
A informação foi hoje avançada pelo diretor nacional do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa (GCII) do Ministério do Interior angolano, Waldemar José, à margem do balanço da polícia relativo às operações na quadra festiva.

Segundo Waldemar José, o funcionamento do CISP, inaugurado pelo Presidente angolano, João Lourenço, em 30 de dezembro, permitiu uma melhor resposta às solicitações dos cidadãos, atendendo aos seus mecanismos eletrónicos e tecnológicos.

Contudo, no período de 31 de dezembro até domingo, o CISP registou mais de 76 mil chamadas, das quais mais de 72 mil eram falsas.

“E aqui queríamos lançar um repto e um apelo à população, porque dessas 76 mil chamadas só duas mil tinham um propósito de emergência que exigia que as nossas forças acorressem aos locais”, disse o responsável.

Waldemar José frisou que a situação “congestiona o sistema”, e pode fazer com que sejam mobilizados recursos para situações em que não existe emergência, “quando um cidadão pode efetivamente estar a precisar de um socorro das autoridades competentes”.

“O sistema está a funcionar efetivamente, o 111 que é o novo terminal [número] de emergência. Compreendemos que o cidadão tenha a curiosidade agora de colocar à prova o terminal, mas, em contrapartida, há situações que são de todo reprováveis, porque há cidadãos que para além de colocarem à prova o funcionamento do sistema, inventam falsas ocorrências, o que obriga a mobilização dos parcos recursos que já temos disponíveis”, referiu.

O diretor nacional do GCII realçou que, futuramente, as pessoas que assim procederem vão ser responsabilizadas criminalmente, “porque ele não foi construído com este propósito, mas sim para prestar socorro às populações”.

“O nosso sistema tem a capacidade de identificar as chamadas e localizar onde o indivíduo se encontra”, disse o responsável, adiantando que para já as autoridades vão dar algum tempo “para que o sistema entre naquilo que é o seu momento de otimização”.

O CISP, um centro equipado de forma a que os agentes possam vigiar pontos críticos nas províncias de Luanda e Benguela, conta já com mais de 700 câmaras de videovigilância instaladas na capital angolana.

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